Naturalmente, ao fim de algum tempo, perdem-se as referências.
Porque se deu o primeiro passo?
Para onde se vai?
Que sentido tem toda esta luta?
Vendo a vida desta forma, luta após luta em direcção a um objetivo já há muito perdido, a vida parece demasiado dura e sem sentido. Possivelmente triste e sem sabor. Mas existem outras formas de encarar o mesmo percurso.
Todo esse percurso faz parte de uma vida, de um caminho com um sentido próprio, que se manifesta a cada passo. Cada passo representa um desafio que nos constrói e nos prepara para o desafio seguinte. A cada desafio surge uma nova competência. E a cada nova competência, novas possibilidades.
É nesta construção de nós próprios, repleta de erros e aprendizagens, de desvios e contornos imprevistos, que se vive apaixonadamente a cada passo. É nesse percurso imprevisível que se constrói a nossa identidade, os nossos valores, as nossas intenções. É nesta caminhada, umas vezes incompreensível e outras muito fácil, que atingimos, a cada dia, uma nova etapa e uma nova alegria.
O cume da montanha é aquele que pisamos diariamente a cada passo, com persistência e dedicação, imbuídos da paixão que nos leva a avançar uma e outra vez. O fim é intangível, e ainda bem! Caso contrário, a caminhada deixaria, um dia, de fazer sentido.
Ao longo da vida sucedem-se desafios atrás de desafios. Cada um relevando-nos uma nova parte de nós mesmos, cimentando a nossa auto-estima e confiança. Desafios que nos impelem a viver apaixonadamente a cada passo, a cada nova descoberta, a cada nova meta ultrapassada, numa evolução individual e comunitária. E seguimos, em direção ao conhecido desconhecido. E a felicidade acontece.
Podes ver e viver a vida de múltiplas formas, divididas entre problemas limitadores ou desafios construtivos. A vida acontece independentemente da tua escolha!