Trabalhar com adolescentes está-se a verificar mais desafiante que inicialmente previsto. E não tanto pela rebeldia e alteração frequente de foco. Temos de ser verdadeiramente capazes de captar a atenção, manter um clima descontraído e divertido, enquanto se passam eficazmente conteúdos úteis e produtivos. Não é nada fácil. Consome muita energia. Não é sobre mim. É sobre a forma como posso construir este relacionamento entre mim e 40 alunos. É sobre nós. É extraordinário! Gosto disto!
Abri uma das minhas redes sociais, e aparece-me de imediato esta frase: "If you don't fight for what you want, don't cry for what you lost." De repente senti um aperto seguido de uma curta reflexão e descoberta. De facto, por vezes queixamo-nos do que "perdemos" quando, na realidade, pouco fizemos para as conquistar ou alimentar. Mas... perdemos o quê, concretamente? E lutar como, especificamente? (temas para outras publicações) Há coisas que, por via das rotinas do dia-a-dia e/ou preocupações em geral, acabamos por dar por adquiridas. Carreira, emprego, bens, relacionamentos.... E de repente... algo muda! Mas como preocupações? (isto poderá dar toda uma nova publicação filosófica) É no momento em que tomamos consciência das dinâmicas de cada situação e que assumimos a responsabilidade pela nossa vida (algo que nem todos fazem, aparentemente) que se começam a desenhar intenções e estratégias mais sólidas, assegurando o que de facto é importante para que sejam dados passos decisivos nessa direcção. E é em cada um desses passos, no assumir da responsabilidade pessoal, que se começam a gerar as sensações, o sentido, a certeza e a confiança de que, afinal, a felicidade não precisa ser procurada nem conquistada. Ela sempre cá esteve! E talvez a vida seja apenas para ser vivida... Observando agora aquilo que está ao teu alcance, qual o teu próximo passo? Quando desconfiam sucessivamente de ti (das tuas escolhas, das tuas preferências, das tuas intenções, das pequenas ou grandes coisas) tendes a desconfiar de ti também? E se em vez da pessoa adulta que és, fosses criança? A tua resposta seria a mesma? No dia-a-dia observo muitas vezes os adultos decidirem pelos mais novos, em relação à roupa, actividades, comportamento geral, refeições, etc... O que diria a Pipi? ;) Baseado no podcast Inspiração Para Uma Vida Mágica com Pedro Vieira e Mikaela Övén - Mindfulness, Heartfulness & Parentalidade Consciente.
Há aqueles momentos em que decides fazer o que consideras ser o melhor para a pessoa que amas. E fazes! Mesmo que seja à sua revelia ou conhecimento. Tens em ti todo o amor e boas intenções. Afinal, tu amas aquela pessoa, desejas e queres o melhor para ela, e acreditas mesmo que aquilo é o melhor para ela. E... não é! Nota bem... aquilo que achas ser o melhor está de acordo com as tuas crenças, a tua experiência de vida, a tua noção da realidade. O que a outra é, é muito diferente de ti, mesmo que com inúmeros pontos em comum. A única pessoa que sabe o que é melhor para ela, é ela... mesmo que como consequência das suas escolhas pessoais esbarre contra um muro. E até isso pode ser a melhor coisa na sua vida. Sugestão? Sim... apoia, aconselha (deixando bem claro que esse conselho é apenas a tua perspetiva), acompanha, e está presente. Trata de ti, dando o exemplo. Se não fores capaz de estar presente, afasta-te. Se queres ter uma boa relação com essa pessoa, dá-lhe espaço e liberdade de fazer as suas próprias escolhas, seguir o seu próprio caminho. Só assim terás uma verdadeira conexão, livre, aberta e incondicional. E fala de ti, dos teus limites e aspirações. Partilha abertamente, sem julgamentos, e ouve abertamente, sem julgamentos. Lembra-te: Não há errados nem certos. Cada coisa é o que é! Haverá relacionamento mais forte e duradouro que aquele livre de dependências e obrigações? Parece-me que é aí mesmo que nasce uma intensa conexão. Como lidas com os teus relacionamentos pessoais? As histórias entrelaçam-se.
Tudo continua, sem fins... numa sequência de páginas viradas, de novos capítulos. Há dias, num comentário que fiz sobre o facto de fazer jejuns intermitentes, alguém de imediato afirmou:
- "Isso faz mal!" O meu primeiro pensamento foi "Não foi isso que li nalguns artigos especializados, escritos por nutricionistas e investigadores, e baseados em estudos recentes." Senti vontade de justificar a minha opção e também de questionar em que se baseava aquela afirmação tão convicta e tão diferente da minha, fazendo com que a minha opção estivesse completamente errada face à minha intenção. Mas não o fiz, porque logo outra voz se fez ouvir na minha cabeça, perguntando-me: - "Em que outros momentos alguém partilha algo contigo, e tu de imediato fazes afirmações do mesmo género?" Deixei-me ficar em silêncio, deixei a afirmação passar, e senti-me sereno. Moral da história: Vou passar a afirmar menos, e a questionar mais. Afirmar menos porque aquilo em que acredito é somente aquilo em que acredito. Perguntar mais pois posso aprender com as crenças dos outros, sobre eles e sobre as minhas próprias crenças. E vou continuar a partilhar aquilo em que acredito, sem impôr, sem afirmar que "É assim!"... simplesmente dizendo que, para mim, tem funcionado assim. E cada um segue aquilo em que acredita, e está tudo bem. A solidão é somente um convite a te reencontrares com a tua essência,
e nesse reencontro recuperares à tua própria companhia. Neste... talvez como em todos, o Natal tem sido sinónimo de muitas e variadas coisas, dependendo das crenças, hábitos, cultura local, contexto...
No nosso meio, é muitas vezes conotado como a época do frenesim das compras para as prendas de Natal. É curioso ouvir tanta gente dizer que o Natal, na sua essência, não é nada disso, e depois ver as lojas e centros comerciais cheios de gente numa correria às compras com expressões de cansaço e stress, e as árvores de Natal que partilham nas redes sociais estarem rodeadas de dezenas de caixas brilhantemente embrulhadas, com laços de magia e estrelas cintilantes. Neste Natal... talvez como em todos, convido-te a pensares na tua intenção. Qual a intenção, para ti, desta época? O que queres experienciar, sentir, viver? Qual a intenção de cada gesto, cada prenda, cada momento? E nessa intenção, faz aquilo que vai ao encontro da sua realização, da tua realização. Se isso incluir prendas, segue em frente e desfruta livremente desses momentos de partilha. Se isso inclui abraços, sorrisos e proximidade com aqueles que te são importantes, segue em frente e desfruta livremente desses momentos de partilha. O que ver que seja a tua intenção, faz com que aconteça com consciência, com sentido de viveres o que queres viver, e de proporcionar a quem te rodeia a tua liberdade de amar. Boas festas, recheadas de boas intenções - as tuas - e boas partilhas :) Sabes aquele comportamento que achas que não devias fazer (porque te faz mal, porque achas que é errado ou outro motivo qualquer) e ainda assim... o fazes?
Se te recriminas por isso, se sentes algum tipo de culpa, podes relaxar agora. És normal. És perfidamente normal. Está tudo bem! O teu sistema é perfeito tal como é e sabe exactamente o que é bom para ti. Por vezes, escolhe expedientes que podem ser prejudiciais nalgumas áreas, sabendo que te trazem algum tipo de benefício noutras áreas. A parte boa é que, agora que estás consciente disso e que sentes que esse comportamento te trás algumas vantagens, por obscuras que por vezes possam parecer, podes agora ir ao encontro de comportamentos alternativos que te proporcionam os mesmos benefícios e sejam mais ecológicos para ti. Sabes como? ...talvez possas só e apenas dar um sentido e sincero abraço (nem que somente imaginado).
É que, por vezes, a pessoa que grita e barafusta está só a expressar uma necessidade de conexão e incompreensão perante um contexto. A opinião é um bónus!
O conselho de um amigo, amiga, daquela pessoa especial, daquela pessoa experiente, pode ajudar a encontrar novas perspectivas. Essa opinião, esse conselho, pode até ajudar a evitar erros, desvios, tropeços no caminho. É um bónus naqueles momentos vazios, em que parece terem-se esgotado todas as possibilidades. A opinião é... sobrevalorizada! O conselho de um amigo, amiga, daquela pessoa especial, daquela pessoa experiente, reflete a sua própria experiência e perspectiva das coisas, não a tua. O conselho reflete o que lhe aconteceu, não necessariamente o que te vai acontecer. Ouve com atenção. Considera. Pondera. Agradece! E no fim, decide por ti! A opinião é uma opinião. Por norma, é-nos oferecida com muito boas intenções. Por vezes vem envolta de carinho, amor e protecção. E continua a ser uma opinião. A opinião, por bem intencionada que seja, pode limitar. Pode limitar a possibilidade de experimentar e descobrir. Pode dizer "Eu sei mais que tu, por isso segue este caminho que te indico, pois tu não sabes ainda o suficiente". Pode limitar a capacidade criativa na experiência pessoal, na auto-descoberta e responsabilidade pessoal, e até no sentimento de auto-estima. É um presente que deve ser entregue com cuidado, no momento certo e de forma certa. Que bom que temos opiniões. Que bom podermos dar e receber opiniões. Que bom podermos reflectir um pouco de nós nos outros e receber um pouco dos outros em nós.. Que bom que temos a liberdade de seguir opiniões... ou não... e está tudo bem! O motivo pelo qual fazes o que fazes nem sempre é óbvio.
Muitas vezes, escondido numa motivação superficial (e normalmente óbvia e evidente), esconde-se o verdadeiro motivo que determina o teu comportamento. Por vezes aquilo que parece ser, é apenas uma máscara de algo mais inconsciente. Talvez possas, agora, observar o teu comportamento com uma curiosidade mais... conscientemente inconsciente. Quando a esta pergunta se seguem respostas baseadas no que acontece fora de ri, nomeadamente alguém que não tu, estás a abrir espaço para a tua própria infelicidade.
Por mais importantes que sejam outras pessoas na tua vida, isso tem única e exclusivamente a ver contigo, e não com elas. Experimenta considerar os seguintes pressupostos, e observa como isso pode alterar de forma positiva os teus relacionamentos:
Por vezes, e muito naturalmente, surgem questões como expectativas, crenças julgadas universais, necessidades emocionais, experiências passadas e, também, sentimentos de ligação extremamente fortes, que podem toldar a forma como nos relacionamos (com os outros e/ou com os eventos). Da mesma forma, sentimentos como insuficiência, medo, dependência emocional, controlo, culpa, vergonha ou raiva estão muitas vezes na origem de bloqueios à livre expressão nos relacionamentos (com os outros ou com eventos externos). Tudo isto gera tensão e, consequentemente, ruído no relacionamento. Com o passar do tempo, se mantidas, geram-se frustrações e expectativas defraudadas. A falta de comunicação aberta gera ideias falsas e/ou erróneas, e o acumular do que devia ser e não é conduz a um maior afastamento e mal estar. As acusações de parte a parte sucedem-se, o apontar do dedo acusatório, e nenhuma delas observa o que realmente está na base da (in)felicidade. Nesses momentos não há real ligação... há afastamento. E é comum, nesses momentos, colocar-se a "culpa" da infelicidade no outro. No momento em que isso acontece, ocorrem duas coisas pouco eficientes, e talvez até injustas:
Nenhuma destas situações irá gerar, alguma vez, um relacionamento saudável. Nem a possibilidade de eficazmente actuares sobre os contextos que te possam ser desagradáveis. Mas se ao invés disso:
E é nesse momento que os relacionamentos florescem e se fortalecem, livres de imposições e obrigações, de deveres e haveres. É quando a aceitação e o amor incondicional se vivem na prática que os benefícios mais se evidenciam. Nalgumas situações, talvez pareça ser muito desafiante. Afinal, será desejável que a outra parte faça algo de semelhante. Mas o exemplo pode vir de algum lado... . e talvez comece por ti. O que é verdadeiramente importante na tua felicidade? Por vezes oiço críticas a determinada coisa, atribuindo-se a essa coisa determinadas qualidades e valores. Embora compreenda, e por vezes até concorde de uma forma geral, com algumas das observações, o que realmente identifico é uma confusão do que se observa com a coisa em si.
Por exemplo, algumas (e cada vez mais) pessoas criticam o Facebook com afirmações como "é uma ferramenta negativa", "é uma demonstração de vidas falsas" ou "aquela gente é só vidas perfeitas e felizes e no fundo são uns tristes e frustrados". São afirmações que resultam, provavelmente, da observação de certas e determinadas partilhas que geram essas interpretações e avaliações, depois generalizadas. Mas o Facebook, e continuando neste exemplo (poderíamos estar a falar de qualquer outra coisa) é apenas uma ferramenta onde milhões de pessoas partilham, sim, as suas frustrações, raiva e tristezas, algumas criam "falsas identidades" ou partilham vidas fictícias ou desejadas, mas é também uma ferramenta onde milhões de outras pessoas partilham as suas alegrias, pequenos momentos, promovem contactos de outra forma mais distantes, promovem ideias, movimentos e serviços, inspiram e/ou ajudam outras pessoas. Ou seja, é uma ferramenta como outra qualquer, e que é usada de formas distintas por uns e por outros. Por outras palavras, é mais ou menos como um encontro de ex-alunos da escola e que já não vês há 5, 20 ou 50 anos. Uns são sinceros, outros nem por isso. Uns partilham alegrias e outros partilham tristezas. E o problema não é a reunião em si, mas sim a forma como se lida com isso e com quem de escolhe relacionar-se nesses contextos. Ou seja, e voltando ao exemplo do Facebook, escolhe com quem te relacionas e escolhe a forma como queres lidar com cada contexto. Limpa o teu feed de notícias! Em que outros contextos sentes que poderias beneficiar de uma "limpeza de notícias"? Hà uns anos, uma pessoa especial partilhou uma frase comigo que lera num livro:
- "Dormimos diariamente com dois estranhos." Essa parte do livro, de desenvolvimento pessoal, centrava-se dos relacionamentos amorosos, assente numa cultura monogâmica. E claro que podemos transpor para outras realidades, como o políamor, por exemplo. A intenção da frase é que mal nos conhecemos a nós próprios, quanto mais a(s) outra(s) pessoa(s) com quem partilhamos um projecto de vida. E daí o dormirmos com dois estranhos - o outro e nós próprios. E não é um estranho no sentido assustador do termo. É um estranho no sentido em que há tanto ainda por descobrir, tanto a que nos podemos permitir surpreender, aprender e crescer a cada momento, que faz com que esta experiência subjectiva humana seja absolutamente fascinante. E esse fascínio apenas termina no momento em que nos acomodamos a uma "imagem estática" ou comparamos o outro, ou nós próprios, a expectativas construídas. E de tempos a tempos surge a surpresa, algo novo, por vezes inesperado.. Dá-se uma mudança, por pequena que seja. há uma nova atitude, uma nova orientação, uma reviravolta. E isso não é mau nem bom, é apenas o resultado da descoberta, das experiências, da natural mudança constante a que estamos sujeitos. Quando observamos essa mudança à luz da consistência parece estranho, por vezes até assustador. Quando observamos à luz da curiosidade, há a descoberta dessa novidade, e que pode ser refrescante e revigorante. Ter a sensação de que se conhece o outro é uma ilusão. Podemos identificar padrões, e com isso até antecipar comportamentos. Conhecer é algo mais profundo. E se nem a nós próprios nos conhecemos profundamente, de quem temos acesso aos mais íntimos pensamentos e sentimentos, como podemos presumir que conhecemos o outro? Eu acrescentaria algo à frase inicial. No dia em que deixemos de dormir com estes estranhos que nos são tão próximos, esta coisa dos relacionamentos deixa de ter piada. Deixam de existir surpresas. Deixa de existir a oportunidade da descoberta e aprendizagem. A vida torna-se um aborrecimento, e os relacionamentos perdem todo o sentido. É neste reencontro do outro e de nós próprios, que nos descobrimos e crescemos. É nesta abertura ao desconhecido que aprendemos e evoluímos. Deixo uma proposta de reflexão que talvez queiras abraçar agora: - Qual a parte de ti que ainda não descobriste, e que ao descobrires te abre uma nova possibilidade, um novo caminho, talvez até te proporcione a tua nova grande aventura? Ter uma intenção clara é uma excelente forma de manter o foco e limpar o caminho a seguir...8/4/2018 Quando a amizade é incondicional, livre de procura no outro da satisfação das necessidades pessoais, não há tempo que a esqueça nem distância que a separe. E cada reencontro será sempre uma continuidade natural do anterior.
Não se pode dar o que não se tem, assim como parece ser dificil receber o que não se reconhece.
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