"Bom era dar aquele passo, mas..."
Esta é uma observação que oiço com alguma regularidade. O que já é bom... porque na maior parte dos casos as pessoas demonstram mais o desconhecimento do que fazer ou do que querem, do que propriamente o conhecimento de uma direcção ou o desejo do que quer que seja. Mas deixemos isso para outras escritas e leituras. O que te impede, verdadeiramente? Esta é uma das perguntas que mais frequentemente aplico quando me dizem o que gostariam de fazer ou ter, mas... e vem sempre um "mas" logo a seguir. Por norma, o "mas" vem seguido de um silêncio, como se de um momento de análise se tratasse. Na maioria das vezes não é o que sucede. A pessoa fica ali bloqueada numa espécie de impossibilidade indefenida. Insisto: "O que te impede?" Há 3 tipos de respostas que mais frequentemente costumam surgir:
É interessante observar, após algumas perguntas, que na maioria das vezes, o verdadeiro impedimento é a própria pessoa. Só algumas vezes a pessoa a quem questiono responde... "Pois... nada.", seguido de um Vou fazer!" ou num momento de silêncio a pensar nas diferentes formas de o concretizar, apresentando de seguida duas ou três possibilidades. A aparente falta de um ou mais recursos internos como coragem, energia, dinamismo, determinação, disciplina, garra, calma, tranquilidade, observação e/ou variados outros recursos estão na base estrutural de qualquer impedimento externo identificado. Não é o estado, a economia, a melhor ou o marido, os filhos ou a vizinha da frente que impedem o que quer que seja. O impedimento, se é que existe algum impedimento na verdadeira acepção do termo, é totalmente interno e pessoal. E por vezes descobre-se que aquilo que se deseja afinal nem é assim tão interessante e, ou já se tem o que parecia faltar, ou o que realmente se pretende é outra coisa mais significativa., E é tão gratificante observar a mudança de atitude quando, após se responder a algumas das perguntas colocadas com real interesse em descobrir-se e renovar-se, concluir que, afinal, por mais difícil ou fácil que o objectivo pareça ser, é tão simples dar aquele primeiro passo em frente. Eu não sei o que realmente queres, mas acredito que tu sabes, mesmo quando pode parecer o oposto, e também acredito que sabes como lá chegar. E a pergunta que te coloco é... já sabes qual é. Uma das causas da auto-sabotagem é a necessidade de validação externa.
Quando essa validação implica aceitação por parte de terceiros que sejam emocionalmente importantes, e essa aceitação não se verifica,, por mais que conscientemente se decida e justifique avançar numa dada direcção, pode subsistir um sentimento inconsciente de insuficiência ou demérito que acabará por acionar mecanismos de sabotagem às ações necessárias na concretização dos objectivos definidos, mesmo que esses objectivos estejam completamente fora do âmbito dos terceiros em causa. A questão é: como contornar este tipo de auto-sabotagem? |
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