Mestre: - "Relaxa! Vai correr tudo bem."
Aprendiz: - "Tudo bem? Já viste bem como as coisas estão?"
Mestre: - "Sim, claro. E vai correr tudo bem."
Aprendiz: - "Mas... como?"
Mestre: - "Não sei.... é um mistério!"
Aprendiz: - Estamos perdidos! Mestre: - "Relaxa! Vai correr tudo bem." Aprendiz: - "Tudo bem? Já viste bem como as coisas estão?" Mestre: - "Sim, claro. E vai correr tudo bem." Aprendiz: - "Mas... como?" Mestre: - "Não sei.... é um mistério!" Jovem: - Gosto muito de ler histórias de vida... aprende-se muito com a experiência dos outros.
Mestre: - Talvez um dia possas também escrever sobre a tua vida... para inspirares outras pessoas. Jovem: - Eu sou leitor, não sou escritor... Mestre: - Como sabes? Já experimentaste? Jovem: - Bem... na verdade... não. Mestre: - Só saberás depois de o fazeres... várias vezes! Jovem: - Várias? Mestre: - Sim... várias. Não aprendeste a andar de bicicleta na primeira tentativa, pois não? Jovem: - Sim... não. De qualquer forma, a minha vida também não é assim tão interessante... Mestre: - A sério? Jovem: - Sim... é... normal. Mestre: - Isso é interessante! Jovem: - É interessante eu ter uma vida normal?!? Mestre: - ...é interessante a tua crença de que tens uma vida normal... Há muitas coisas simples na vida.
Talvez as mais simples sejam aquelas que produzem em ti elevados sentimentos de felicidade. Não importa o que acham de ti, as profecias que fazem para ti ou aquilo que vêm em ti. Importa aquilo a que te ligas dentro de ti, aquilo que queres para ti, a tua determinação e a energia para o concretizares...
Pensa positivo, acredita em ti, desafia-te... - Hoje, sorri em barda.
- Em barda? - Sim, em barda. Em grande quantidade, um montão de sorriso. É popular, e aberto... condiz com o meu sorriso. - E depois, o que é que aconteceu? - Senti-me grande! (Fevereiro de 2013) - Não, não digo nada! - Mas... como assim? Que tens para não dizer? - Não digo... não posso dizer. - Ok! Que sensação é essa que não te permite partilhar? - Não digo... não digo da cabeça pesada, que pende de tanto peso que tem, do corpo dorido e curvado do cansaço, da alma que dói sem doer, dos passos arrastados de não saber onde pisar, do olhar que não vê de tão vazio que está, do pensamento que estagnou no tempo e não evolui, do medo de nada e do tudo sem explicação, da solidão... oh, a solidão que sinto e que me perde na inexistência, do acordar cansado e mesmo assim encontrar forças para me levantar e depois olhar no espelho e não me ver, da dor no peito que me rebenta as costelas como se detida em cativeiro até à morte, do grito que dou sem gritar, do não saber... não saber nada e adivinhar terrores. Não posso dizer, que dói só de pensar. - E se dissesses? - Tudo deixaria de existir! (Fevereiro de 2013) Ao longo do tempo, transformámos a linguagem em algo mais que uma mera descrição percepcionada dos contextos em que nos inserimos. Por um lado, isso trouxemos a capacidade de transmitir sonhos, desejos e ideias. Por outro, criou uma espécie de fusão entre aquilo que percepcionamos e aquilo que somos, gerando a possibilidade de influenciar massas e criar movimentos. Ao longo do tempo, a linguagem ganhou corpo, massa, forma e a capacidade de mudar corpos físicos. Na verdade, a linguagem não faz nada disso. É somente uma estrutura criada com o fim de comunicar coisas com recurso ao som ou representações gráficas às quais chamamos de escrita. A responsabilidade da mudança, do impacto, da influência, está em cada um de nós. Como poderei eu sentir-me inspirado pelas tuas palavras? Como poderei eu sentir-me ofendido caso decidas dirigir-me algumas palavras depreciativas? Isso só acontece caso eu decida, consciente ou inconscientemente, participar na tua comunicação. E se eu decidir fazer isso, o meu estado emocional, seja ele qual for, não será o resultado da tua linguagem, e sim das minhas representações internas que eu escolho atribuir, naquele momento e contexto, à tua linguagem. E são essas minhas representações internas, os significados que lhes atribuo, que promovem a alteração do meu estado emocional. Em suma, eu altero o meu estado emocional Mas hoje, estamos profundamente envolvidos com linguagem. Ela passou a ser algo mais que um conceito abstrato cuja utilidade vai muito além da descrição de coisas, passando a assumir formas de tocar e criar impactos nos outros. Sabendo isto, mesmo que a um nível muito inconsciente, escolhemos tantas vezes puxar para o nosso enredo diversas pessoas à nossa volta com a intenção de as influenciar, seja em que sentido for, E sabendo isto, dizemos, intencionalmente ou não, tantas palavras com o fim de provocar, na outras pessoas, determinadas emoções.. E sabendo isto eu aconselharia, tal como Milton Erickson afirmou numa entrevista, que escolhas bem as tuas palavras, pois elas poderão ter um forte impacto naquele momento, assim como a vinte anos após as teres proferido. E aquilo que eventualmente estarás a sentir agora não é efeito destas palavras que aqui lês, e sim das representações que crias ao juntares estas letras em palavras e essas palavras em frases, às quais atribuis os significados que, para ti, melhor sentido fazem face à tua experiência, cultura, estado emocional actual e o teu sistema de crenças. Da minha parte, declaro-me apenas responsável pelas ideias que pretendo transmitir, de que és livre de aplicares os significados que aqui escolheste associar e de sentires aquilo que sentes agora, independentemente daquilo que eu aqui escrevi. Uma das formas que tenho encontrado de me focar em tarefas que requeiram capacidade criativa ou de raciocínio lógico é rodear-me de sons inespecíficos e repetitivos. Por exemplo, se estiver num cafe ou esplanada com pessoas a conversar ao pé de mim de forma a que perceba claramente o que dizem, isso pode representar uma distração quando estou mais cansado ou menos motivado para as tarefas que estou a desenvolver. Mas se essas conversas forem pouco perceptíveis, independentemente do volume de som, então funcionam como fortes incentivos ao meu foco na tarefa. O recurso a música, por exemplo, já depende do seu género, forma e também do meu estado de espírito. Se tiver vozes e as palavras forem claras, isso pode ser desafiante para a minha capacidade de foco. Mas se as palavras forem pouco claras ou inexistentes, pode funcionar muito bem. Porém, as melodias tanto podem ajudar no foco como serem fontes de distração. Tudo vai depender do meu estado de espírito no momento. Clássicos e óperas têm funcionado em vários momentos. Noutros, uma boa sessão de chillout, jazz, blues, reggae, etc. podem ser boas formas de me ajudar a focar nas minhas tarefas. Algo que descobri há uns anos e que funciona quase sempre, são sons de água a correr, ondas na praia, chuva, trovoada, e sons naturais de florestas tropicais, incluindo os sons dos inúmeros animais que lá vivem. A primeira vez que tome consciência disto foi através de um livro - "Rainforest" - que adquiri sobre fotografia em florestas tropicais, que incluía um CD de sons gravados enquanto o fotógrafo Thomas Marent aguardava por aquela foto tão especial. Foi um trabalho de mais de 16 anos de fotografia nestes ambientes, e o resultado foi espectacular! Hoje, existem inúmeras fontes deste tipo sons que uso regularmente, tal como agora, e que me sabe tão bem ouvir. E por vezes provocando estados tão relaxantes. Talvez possas descobrir de que diferentes formas podes recorrer aos sons à tua volta para te ajudarem a atingir aqueles estados que queres ter num dado momento no tempo, seja o relaxamento, o dinamismo, a criatividade, o foco, a tranquilidade ou um elevado estado de energia activa. Boas descobertas :) Agora, que estamos no carnaval, podes aproveitar para seres tudo aquilo que desejas ser dos restantes dias do ano.
Relaxa! É carnaval... ninguém leva a mal. E quem sabe... ...pode revelar-se uma experiência tão inspiradora que passas a adoptar esse novo "eu" indefinidamente. Bom carnaval! Diverte-te! |
Sobre este blog...Arquivo de textos, ideias ou sugestões, sobre tudo e sobre nada, e que poderão ser usados e comentados. Sobre mim?Pode consultar um resumo do meu percurso aqui, ou questionar-me sobre algo em específico através de um dos meus contactos.
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