Tanto a interpretação como o julgamento do que está a acontecer são subconjuntos da observação. Sendo importantes, e até úteis em determinadas fases do processo de descoberta e desenvolvimento, podem estar a limitar novas possibilidades e soluções ao teu progresso. Interpretar, assim como julgar, já filtraram a maior parte da informação observada, apagando e distorcendo através de diversos filtros.
Adicionalmente, quando interpretas e julgas, estás a aceder a um conjunto de experiências passadas em detrimento do que efectivamente está a acontecer no momento presente. Então, pode-se concluir que a interpretação e julgamento assentam no passado, enquanto que a observação assenta no presente.
Frequentemente, andamos tão focados num resultado específico, numa história passada ou num futuro idealizado, que nem reparamos no que está a acontecer. Não notamos as coisas fantásticas que nos rodeiam. Não damos conta das oportunidades que nos batem à porta, Não reparamos naquelas pequenas grandes coisas que tantas vezes ignoramos, ou que damos por adquiridas.
Por vezes, pode ser útil que alguém de fora nos mostre outras perspectivas, que nos leve a observar o que inconscientemente apagámos e distorcemos na construção das interpretações e julgamentos. Pode ser qualquer pessoa... uma conversa com alguém conhecido ou desconhecido, uma pergunta inusitada ou até uma história que ouvimos.. É que, por vezes... até já temos aquilo que tanto procuramos, e só não estamos a dar conta disso.
Será que estás a observar com atenção o que está à tua volta?
Realizador: Bennett Miller
Autores: Steven Zaillian, Aaron Sorkin
Actores: Brad Pitt, Robin Wright, Jonah Hill