Por vezes, até podes dar a volta ao mundo, aparecer do outro lado, e chegares com aquela sensação única de aventura, realização pessoal e um sorriso de corpo inteiro.
Para ires agora de onde estás para onde queres estar, nem sempre a linha recta é o percurso mais adequado.
Por vezes, até podes dar a volta ao mundo, aparecer do outro lado, e chegares com aquela sensação única de aventura, realização pessoal e um sorriso de corpo inteiro. E se toda esta nossa concepção da realidade não passasse de uma espécie de Truman Show?
O que mudarias agora? Crescer significa desenvolver-se, tornar-se maior, aumentar. Isso não implica evolução, pois pode-se crescer dentro de sólidos limites, mantendo a inflexibilidade comportamental.
Evoluir significa passar por transformações sucessivas, o que à partida pressupõe flexibilidade comportamental e a transposição de limites, colocando-os em causa e indo além da zona de conforto. Explorar outras possibilidades e encontrar novos caminhos, colocando a hipótese "E se?" Podes tornar-te um especialista numa dada área (ou várias), crescendo dentro de determinados limites, e podes também evoluir ao transpor esses limites, explorando novas perspectivas e adquirindo novas aprendizagens. Quem sabe, o teu crescimento evolua num novo sentido absolutamente incrível e inesperado... Não é para quem pode, é para quem quer. Para quem quer de verdade. Para quem quer descobrir, desafiar-se, melhorar! Para quem quer dar a volta, dar um passo em frente, deixar-se de tretas e seguir em frente.
Poderia dizer isto em relação a muitas áreas das nossas vidas. Observo, por vezes, que as pessoas se lançam em desafios apenas para mostrarem que tentaram, que se lançaram "à fera". Mas sem a real intenção de se superarem. Lançam-se apenas como forma de mostrarem ao mundo, principalmente a si mesmas, de que não dá e que, ainda assim, se esforçam muito. É uma espécie de vaticínio auto proclamado ou self-fulfilling-profecy. E no fim exclamam algo do género: "Vês? Eu sabia que não ía dar. Já tentei de tudo, até isto! Só falta ir à bruxa." Se já estás na predisposição de que não vai resultar, descansa. Relaxa e fica aí. Não desperdices energias. Risca a tarefa da lista e pronto. Está tudo bem. Os gatos também passam a maior parte do dia a dormir e ninguém os critica por isso. Mas se queres mesmo dar uma oportunidade a... essa nova oportunidade, age. Age agora. Mas age com determinação. Age com a crença de que, esta oportunidade pode ser A Oportunidade! Faz o que tens a fazer. Dá aquilo que tens. Segue o plano. Acredita em ti. No fundo, o resultado acaba por ser irrelevante. Vais acabar por apreciar cada pedaço do percurso. E no fim sempre podes dizer: "Fiz aquilo e foi espectacular." Se resultar podes fazer a festa. Se não resultar descobriste uma nova forma de não fazer algo, e experimentas diferente. Mas isto não é para quem pode, é apenas para quem quer. Para quem quer mesmo seguir essa via, agarrar essa oportunidade. Se esta não é a tua oportunidade, procura outra. Mas se esta é a tua oportunidade, agarra-a! Em tantas áreas das nossas vidas, desde profissões a relacionamentos, observo pessoas que "experimentam" só para provarem a si mesmas que não dá, não resulta, não vale a pena. E sofrem. E mostram esse sofrimento como se de uma medalha de louvor se tratasse. Talvez seja esse o ganho - atrair a atenção dos outros pela sua infortuna. É uma espécie de desgraça desejada, só que muito inconsciente. Mas há quem obtenha essa atenção pelo lado positivo. Que atraia pela sua dinâmica, entrega, determinação. Pelo exemplo em que se tornam, independentemente dos resultados. Seja em algo de elevada actividade ou tão calmo como meditação, o que quer que seja, entrega-se à experiência e absorve o que resulta disso. E talvez descubras vários momentos absolutamente mágicos na tua vida. Boas entregas e excelentes aprendizagens! Talvez possas observar que o teu estado está, invariavelmente, ligado aos teus pensamentos, àquilo em que te decides focar a cada momento, muitas vezes filtrado à luz das tuas crenças e experiências passadas.
Isso é bom, porque significa que se quiseres mudar o teu estado, podes mudar os teus pensamentos, podes alterar o teu foco para outros aspectos da mesma coisa, talvez possas questionar as tuas crenças e deixar as tuas experiências passadas onde elas pertencem... ao passado. Como podes fazer isso? Há uma forma interessante de o conseguires... fazer perguntas diferentes! A qualidade das tuas perguntas está directamente ligada à qualidade das respostas que obténs. Por isso, talvez sintas curiosidade na alteração das perguntas que te colocas. Talvez possas orienta-las a novas perspectivas, à recuperação de informação perdida ou esquecida, à observação dos processos que levem a novos estados emocionais, o que por sua vez te conduzem a novos comportamentos e novos resultados.. Na nossa sociedade damos habitualmente um peso desmesuradamente negativo aos erros. Por norma, criticamos os erros, e criamos uma ideia de que errar é... lá está... errado.
Mas a evolução demonstra-nos que errar faz parte da aprendizagem fundamental à nossa evolução. Errar é crescer. Perder o equilíbrio é aprender a andar. E para isso, por vezes, temos mesmo de cair ao chão. E cair ao chão é, também, uma aprendizagem. Enfim... errar é humano. E é humano porque nos torna naquilo que somos de melhor. Errar é a forma que temos de encontrar alternativas, percursos inesperados e absolutamente fantásticos, que nos torna resilientes, fortes e competentes. Que nos ajuda a descobrir algo além da lógica, além do que estava previsto, além daquilo que inicialmente tínhamos a capacidade de vislumbrar. Errar ajuda-nos também a quebrar tabus e preconceitos e seguir noutra direcção de novas experiências e descobertas, em todas as áreas das nossas vidas, pessoais e profissionais. Sem erros, a vida não seria tão bela. A vida não seria tão incrível. A vida não seria tão fantástica... tão absolutamente improvável. Os erros, afinal, são um dos pilares da nossa evolução. E às vezes dói. Por vezes, custa. E se os olharmos com curiosidade, podem tornar-se nas melhores e mais profundas aprendizagens das nossa vidas. São os erros que criam a nossa... a tua magia!
Da mesma forma que muitos recomendam que desistir é falhar, outros salientam que insistir pode ser o maior erro que se pode cometer.
Por exemplo, pessoas que continuam na mesma carreira por vários anos ou décadas, apenas porque foi essa a escolha que fizeram numa altura em que essa via parecia ser a mais aliciante ou inspiradora. Lamentam-se e castigam-se dia após dia, cada manhã de trabalho é um martírio e só o vislumbre da segunda-feira gera sentimentos de desgosto e mal estar. Por exemplo, os relacionamentos que permanecem apesar da ausência de amor, sequer de carinho e prazer na companhia mútua, porque desistir significa... sim, pode significar tantas e muitas coisas decididas no passado, desde o desfazer de crenças à inevitável destruição de um sonho passado e não concretizado. E insistem... insistem em trabalhar em empresas ou manter carreiras que pouco ou nadas lhes dizem. Insistem em relacionamentos que não funcionam. Insistem em comportamentos que só trazem angustia, luta, esforço desnecessário e desgaste físico e emocional. A paciência esgota-se, os nervos cobram o seu espaço, o corpo paga a conta final em contas de farmácia e hospital. Por vezes, desistir pode ser mesmo uma excelente estratégia. Pode ser a oportunidade de mudança, de descoberta de algo novo, de um caminho diferente. Talvez seja difícil desistir. Talvez requeira coragem, energia e abertura para errar uma e outra vez. Talvez requeira amor-próprio. Talvez requeira a confiança de que merecemos e somos capazes de encontrar aquilo que verdadeiramente nos faz vibrar por dentro. Talvez... Mas a aprendizagem, o sabor de experimentar algo novo, o cheiro da descoberta de um sentido que corresponde à nossa essência, à nossa vontade de concretizar o nosso sentido de identidade... essa é única e revigorante. E nessa concretização do que agora sentimos cria-se aquela sensação de felicidade e bem estar, de sucesso pessoal, da segurança do que é sermos nós mesmos . O que te leva a insistir ou a desistir é a questão basilar... quais são as tuas motivações mais profundas? O que pretendes com tudo isto? O que ganhas ao permanecer e o que perdes ao permanecer. E não há respostas universais. Desistir... insistir... qualquer destas opções é uma estratégia igualmente válida. Nota que... desistir como acto de fuga não é, provavelmente, a solução certa. Da mesma forma, insistir por medo da mudança ou do desconhecido, pode ser igualmente negativo.. Insistas ou desistas, que isso signifique a concretização de algo que para ti é o mais importante em ti... Boas escolhas :) Mudar de contexto oferece a possibilidade de novas perspectivas.
Novas perspectivas propiciam novas soluções. Novas soluções conduzem a novos resultados. Novos resultados promovem... Tu percebes a ideia! O que quer que sintas agora, resulta da interpretação e julgamento que fazes, com base num conjunto muito limitado de informação, de uma perspectiva e outro conjunto de interpretações e julgamentos passados. Não parece fidedigno, pois não? Isso não invalida o que está a acontecer... apenas define a forma como te relacionas com isso. Imagina que, em vez de interpretares e julgares, simplesmente observas. Imagina ainda que, em vez dessa perspectiva, te colocas noutra, e depois noutra e noutra ainda, como quem admira um monumento de vários pontos diferentes. Imagina que deixas de lado todas as experiências passadas que te estejam a condicionar a tua observação. Será que acedes aos mesmos sentimentos? Será que acedes a novos estados emocionais, a novos recursos internos, a novas formas de te relacionares com o que está a acontecer? Então, talvez possas tirar partido disso mesmo, para teu benefício. Talvez possas agora concluir que o que está a acontecer não é assim tão relevante, ou sendo, que podes agir com eficácia e determinação na concretização do que consideras ser importante para ti. Talvez, desta nova perspectiva, encontres aquilo que tanto procuravas sem encontrar. No seguimento deste artigo, observo muitas vezes pessoas a desperdiçarem tempo e energia em aspectos que criam valor nulo, e que por vezes até geram resultados negativos. Normalmente tratam-se de coisas sobre as quais nada podem fazer. Ainda assim, desperdiçam tempo, energia, emoções e todo um vasto conjunto de recursos, desperdiçando oportunidades únicas. Mudar o inevitável tem pouco interesse. É como desejar que o que passou não se tivesse passado. Mas já aconteceu, e melhor que desejar que não tivesse acontecido, é aprender com isso e fazer melhor de seguida. De todas as coisas no mundo, há uma só que efectivamente "controlas"... ou sobre a qual podes exercer uma forte influência significativa e com resultados atingíveis - tu! Tudo o resto cai em duas esferas que estão fora do teu controlo absoluto:
Sobre a primeira nem vale a pena gastar energia. Basta observar e encontrar formas de lidar com o que quer que seja.
Sobre a segunda, talvez existam coisas que possas fazer para influenciar um determinado resultado, como influenciar o comportamento de alguém, por exemplo. Podendo exercer alguma influência, a decisão da acção estará sempre do outro lado, e essa está fora do teu âmbito de controlo. Logo, o teu investimento (pequeno ou elevado) deve ser bem medido e estares consciente da possibilidade de um desfecho diferente do que desejas.
Em resumo, tudo se encaixa no quadro abaixo: A ideia subjacente é:
Observa que a colocação de coisas na poupança de energia não significa que não tomes atenção ao que está a acontecer, ou a eventuais cenários para os quais te podes preparar (alto desempenho). Significa simplesmente que não compensa operares sobre coisas que não controlas. Exemplo em relação ao estado do tempo:
Basicamente, tudo se organiza em torno do que podes fazer, do que está ao teu alcance, para desempenhares eficientemente as acções com eficácia, na concretização das tuas intenções.
Bom foco naquilo que controlas! O resto... deixa ir. Vais ver que ficas mais leve :) Sempre gostei de fazer de advogado do diabo... mas com uma intenção muito positiva!
Não se pretende, efectivamente, fazer de advogado do diabo... o que se pretende é testar a nova ideia para que esta se torne mais robusta e consistente, gerando uma maior segurança e probabilidade de sucesso no seu desenvolvimento e implementação. Mas se nos limitarmos à advocacia satânica, as coisas podem ficar feias... Nesse caso, qual a melhor estratégia? Antes da estratégia, concentremo-nos nalgumas das vantagens de testar uma ideia na sua concepção inicial:
Então, agora sim... a estratégia! Sem entrar em detalhes, dado que a implementação é aplicável em múltiplos contextos profissionais e pessoais, a metodologia assenta numa estrutura de 3 níveis, em que a sua visualização nos diferentes cenários e contextos é fundamental. A estrutura, de uma forma simples: 1. Porque é que quero desenvolver esta ideia?
2. Como é que esta ideia vai ser desenvolvida e implementada?
3. Por fim, o que é que se vai fazer, na prática?
Testar a ideia identificando todos os possíveis erros e defeitos não é uma forma de destruir uma ideia. É uma forma de a testar enquanto não passa, ainda, de uma ideia. É visualizar a sua concepção e implementação com diferentes cenários e nos diversos contextos, de forma a encontrar soluções adequadas que possam ser aplicadas com sucesso, para que a ideia ganhe vida e se torne bem sucedida para a organização e o seu público alvo. O objectivo é testar a sua robustez ao máximo, uma espécie de stress-test, e encontrar soluções para as situações que coloquem a ideia em risco de viabilidade. À falta de soluções, talvez o melhor seja rever a ideia ou deixa-la para outra fase. Se as soluções estiverem à altura, perfeito! A ter em conta há outro factor muito importante - o "mercado" é algo imprevisível! É o mesmo que dizer que as pessoas são previsivelmente imprevisíveis. Adequar a ideia às pessoas é fundamental, seja num mercado alargado ou num nicho de mercado. Dica: comece pelo nicho, com a ideia de o alargar. Se a ideia não estiver alinhada com o DNA da organização, muito provavelmente as pessoas não aderem pela incongruência da oferta. Se a ideia não "falar a mesma linguagem" das pessoas, estas não se identificarão com a ideia. O objectivo é minimizar riscos e aumentar a probabilidade de sucesso, criando uma evolução sustentada a médio e longo prazo. Feitos os testes... aí sim:
Que a crítica seja construtiva e possibilitadora de novos vôos divertidos e bem sucedidos, e que o "diabo" seja consciente do seu papel colaborativo ;) "Por vezes, antes de termos novos sonhos nesta vida, os velhos sonhos têm de nos ser tirados."24/5/2016 (adaptado do filme "Woodlawn")
Durante muitos dias seguidos, a várias horas do dia, oiço o som de um acordeão em casa. Durante muito tempo não sabia de onde vinha aquele som, aquela música. As músicas variavam, mas acabavam por se repetir frequentemente. Ao fim de um tempo já fazia parte do contexto e já pouco ligava. Depois deixava de ouvir, e estranhava a ausência daquele som tão habitual. Passados uns dias, lá voltavam as mesmas músicas, os mesmos acordes.
O som era sumido, quase que abafado, apesar de bem perceptível. Por isso não incomodava particularmente. Por vezes até se tornava agradável. Era como um som de fundo a todos os sons da cidade, os carros, as crianças a brincarem na rua, os pássaros, as folhas das árvores que abanavam ao vento.... e olhar pela janela deste quinto andar era como ver um filme experimental com uma banda sonora tão característica dos nossos traços culturais. É um transporte a outra dimensão, para alem do óbvio, e onde a criatividade e a imaginação ganham espaço próprio construindo vidas imaginadas.. Mais tarde descobri a origem, quase que por acaso. no prédio das traseiras, num primeiro andar mesmo junto à janela da varanda. Não consegui perceber se se trata de um homem ou de uma mulher, nem da sua idade. O que consigo ouvir é a persistência e a dedicação, o empenho na sua arte, com uma partitura à sua frente para seguir certas as notas de cada composição musical, de forma persistente. E a cada erro, uma nota ao lado, uma falha no ritmo, segue-se em frente, continuando no seu caminho ao encontro daquilo que parece ser a sua satisfação a cada melodia. Enquanto relaxas agora, permite que o teu inconsciente te consciencialize de que a tua inconsciência está consciente da tua inconsciência... e está tudo bem!
William Ury, no seu discurso no TEDxMidwest em Outubro de 2010, partilhou uma história muito interessante e que passo a seguir.
Quantas problemas na tua vida passam pelos 17 camelos, sem qualquer solução viável aparente? Afasta-te do problema, observa-o de longe, e encontra o 18º camelo que tornará tudo mais simples e objectivo. Boa semana! Curiosidades:
Existem outras histórias semelhantes baseadas em dois livros:
Lembra-te que as coisas mais bonitas saem muitas vezes das coisas menos prováveis.
Por exemplo, é disto que saem pérolas... Jovem: - Gosto muito de ler histórias de vida... aprende-se muito com a experiência dos outros.
Mestre: - Talvez um dia possas também escrever sobre a tua vida... para inspirares outras pessoas. Jovem: - Eu sou leitor, não sou escritor... Mestre: - Como sabes? Já experimentaste? Jovem: - Bem... na verdade... não. Mestre: - Só saberás depois de o fazeres... várias vezes! Jovem: - Várias? Mestre: - Sim... várias. Não aprendeste a andar de bicicleta na primeira tentativa, pois não? Jovem: - Sim... não. De qualquer forma, a minha vida também não é assim tão interessante... Mestre: - A sério? Jovem: - Sim... é... normal. Mestre: - Isso é interessante! Jovem: - É interessante eu ter uma vida normal?!? Mestre: - ...é interessante a tua crença de que tens uma vida normal... Não importa o que acham de ti, as profecias que fazem para ti ou aquilo que vêm em ti. Importa aquilo a que te ligas dentro de ti, aquilo que queres para ti, a tua determinação e a energia para o concretizares...
Pensa positivo, acredita em ti, desafia-te... Ao longo do tempo, transformámos a linguagem em algo mais que uma mera descrição percepcionada dos contextos em que nos inserimos. Por um lado, isso trouxemos a capacidade de transmitir sonhos, desejos e ideias. Por outro, criou uma espécie de fusão entre aquilo que percepcionamos e aquilo que somos, gerando a possibilidade de influenciar massas e criar movimentos. Ao longo do tempo, a linguagem ganhou corpo, massa, forma e a capacidade de mudar corpos físicos. Na verdade, a linguagem não faz nada disso. É somente uma estrutura criada com o fim de comunicar coisas com recurso ao som ou representações gráficas às quais chamamos de escrita. A responsabilidade da mudança, do impacto, da influência, está em cada um de nós. Como poderei eu sentir-me inspirado pelas tuas palavras? Como poderei eu sentir-me ofendido caso decidas dirigir-me algumas palavras depreciativas? Isso só acontece caso eu decida, consciente ou inconscientemente, participar na tua comunicação. E se eu decidir fazer isso, o meu estado emocional, seja ele qual for, não será o resultado da tua linguagem, e sim das minhas representações internas que eu escolho atribuir, naquele momento e contexto, à tua linguagem. E são essas minhas representações internas, os significados que lhes atribuo, que promovem a alteração do meu estado emocional. Em suma, eu altero o meu estado emocional Mas hoje, estamos profundamente envolvidos com linguagem. Ela passou a ser algo mais que um conceito abstrato cuja utilidade vai muito além da descrição de coisas, passando a assumir formas de tocar e criar impactos nos outros. Sabendo isto, mesmo que a um nível muito inconsciente, escolhemos tantas vezes puxar para o nosso enredo diversas pessoas à nossa volta com a intenção de as influenciar, seja em que sentido for, E sabendo isto, dizemos, intencionalmente ou não, tantas palavras com o fim de provocar, na outras pessoas, determinadas emoções.. E sabendo isto eu aconselharia, tal como Milton Erickson afirmou numa entrevista, que escolhas bem as tuas palavras, pois elas poderão ter um forte impacto naquele momento, assim como a vinte anos após as teres proferido. E aquilo que eventualmente estarás a sentir agora não é efeito destas palavras que aqui lês, e sim das representações que crias ao juntares estas letras em palavras e essas palavras em frases, às quais atribuis os significados que, para ti, melhor sentido fazem face à tua experiência, cultura, estado emocional actual e o teu sistema de crenças. Da minha parte, declaro-me apenas responsável pelas ideias que pretendo transmitir, de que és livre de aplicares os significados que aqui escolheste associar e de sentires aquilo que sentes agora, independentemente daquilo que eu aqui escrevi. |
Sobre este blog...Arquivo de textos, ideias ou sugestões, sobre tudo e sobre nada, e que poderão ser usados e comentados. Sobre mim?Pode consultar um resumo do meu percurso aqui, ou questionar-me sobre algo em específico através de um dos meus contactos.
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