Gratidão vai além da posse ou do contexto. Existe pelo que é agora e pelo que foi no passado, independentemente das circunstâncias. Gratidão por existir, por existires, por estarmos aqui, agora, presentes neste momento único e irrepetível.
Por vezes não o demonstramos. Por vezes nem nos permitimos a sentir a gratidão, o amor, a amizade que já temos em nós. Agora. Porque, por vezes, não aceitamos o que temos, o que vivemos. Acreditamos que não merecemos, achamos que é injusto ou pensamos que não é suposto ser assim. Centramos a nossa atenção no que não temos, no que não somos, no que achamos que nos falta, e vivemos nessa ausência de nós mesmos. da imensidão que já nos preenche por dentro. Renegamos a abundância que nos rodeia, mesmo quando o dinheiro não chega ao fim do mês, mesmo quando trabalhamos aquelas horas infindáveis, mesmo quando passamos dias e noites sós, no aniversário ou na consoada, mesmo quando não temos aquela pessoa ao nosso lado. Mesmo quando fizemos o que fizemos e não fizemos o que achamos que deveríamos ter feito. E esquecemos o tanto que já temos, agora, o amor que temos em nós. E não acedemos a essa gratidão, a esse amor, a essa incrível energia interior que tudo pode mudar sem nada ter de mudar.
É quando acedemos a esse amor só porque sim, por nós, em nós, que começamos a sentir gratidão. Gratidão que, afinal, também é perdão. Perdão por nós e perdão pelos outros. Começamos a sentir que o que temos e o que somos, podendo ser melhorado, podendo ser aumentado, já é tão absolutamente fantástico que nos permite sonhar e agir na direcção do que realmente consideramos importante agora e depois. E aí, centramos a nossa atenção no que já temos, no que somos e no que nos preenche. E nessa magnífica vivência, começamos a transbordar de energia, e começamos a co-criar à nossa volta todas as coisas que, afinal, sempre lá têm estado, e estão, para nós.
Afinal, tudo começa dentro em nós!
Obrigado por existires!