Nos meus treinos de Crossfit, fui um dia surpreendido com o seguinte plano de treinos para esse dia:
Se queres saber o que isto pode significar em termos físicos, experimenta fazer 100 burpees no menor tempo possível. Como sempre... desafio é desafio, e se faz parte do treino, vamos a isso! Sendo que cheguei em cima da hora de inicio, tive pouco tempo para pensar numa estratégia. Rapidamente fiz contas com base na minha experiência dos 100 burpees (na altura, 6'02") e dos 200 burpees (não me recordo o tempo que tinha) e concluí que talvez conseguisse fazer uma média de 12 a 13 burpees por minuto. Isto daria para ultrapassar os 500 burpees, o que me pareceu muito satisfatório como objectivo. Como tenho tendência a desacelerar no final pelo cansaço, achei por bem começar com uma média superior para poder terminar com uma medias mais baixas, e assim manter-me acima dos 500 burpees totais. No inicio, fazer 14 ou 15 burpees por minuto parecia fácil e aborrecido. Então decidi aproveitar e acelerar um pouco o passo, e assim construí uma boa média. E manter a média? Ao fim de 20 minutos estava exausto. Nesse momento, o número de burpees por minuto oscilava entre os 5 ou 7 e os 10 ou 12, e ainda faltavam 25 minutos para terminar o desafio! Passado mais algum tempo, comecei a parar um ou outro minuto isolado para recuperar de forma a conseguir chegar ao fim... vivo. Os músculos não respondiam bem e os pulmões davam sinais de receber pouco oxigénio. E a contagem, como se fazia? A forma de manter a contagem actualizada era por meio de escrita no chão, com giz. No meu caso, ía escrevendo o número de burpees que fazia a cada minuto. 18, 12, 15, 14, 17.... 6, 8, 7, 11, 9... Nos momentos de paragem para recuperar, aproveitava e somava alguns dos valores (sub-totais). Era eu no meio, e uma panóplia de números e sub-totais num raio de 1 metro. Era lindo! Ao fim de 30 minutos tinha o chão à minha volta cheio de números, com os respectivos sub-totais bem identificados. Aos 35 minutos, completamente exausto e com mais vontade de desistir que continuar, decidi parar e fazer uma soma de cabeça dos sub-totais que tinha apurado ao longo do tempo. Desistir ou continuar? Decidir sob cansaço (quase) extremo é... Escusado será dizer que o discernimento já não é o mesmo. E concluída a soma, e observando o tempo remanescente, concluí que os 500 burpees estavam fora de questão. Decidi continuar apesar de tudo, mas como já não chegava ao objectivo, decidi abrandar o ritmo. O cansaço era muito e a dificuldade em respirar aumentava. Parei mais alguns minutos isoladamente, e a média de burpees nos minutos de actividade manteve-se entre os 6 e os 10. Finalmente os 45 minutos. O desafio estava concluído. Este é o momento de paragem e de recuperar o fôlego, dando ao corpo o merecido descanso, mas apenas por 2 ou 3 minutos. Era também o momento de congratular os colegas, dar aquele ânimo de recuperação e esforço bem aplicado, de voltar a pegar no giz e fazer a Grande Soma. E eis que, ao somar tudo o resultado deu... ...isso mesmo... 499 burpees!!! Manter o discernimento sob cansaço é desafiante! Eu tinha-me enganado na contagem dos sub-totais. Algo que entretanto já testei em diversas situações de cansaço (quase) extremo e cujos resultados são normalmente "desastrosos". Somar 17 a 35 e concluir a quantos faltam para 100, por exemplo, parece tarefa de génio, e isto mantendo a coerência da contagem e dos movimentos técnicos. Afinal, eu até estava a bom ritmo e podia inclusivamente ultrapassar os 500 burpees. Refiz as contas mais 2 vezes para ter a certeza. Mal queria acreditar. Deixei-me levar por um erro de cálculo e assim não atingi o meu objectivo. Pessoalmente, isto é o equivalente ao provérbio popular "Até ao lavar dos cestos é vindima." sendo que o povo foi mais sábio que eu ao resumir toda esta experiência em apenas 7 palavras. Moral da história: Se estás num desafio, e se o assumes até ao fim, segue mesmo até ao fim! No matter what! Agarra o teu desafio, e enquanto este fizer sentido para ti, mantém-te fiel à tua decisão independentemente das circunstâncias. Quem sabe, podes ter uma surpresa agradável no fim do percurso... E mesmo que não atinjas o objectivo, sabes que deste o teu melhor e...
Não voltei a fazer este desafio, simplesmente porque não voltou a surgir nos treinos. Continuo sem tempos para os 200 burpees, mas os 100 burpees baixaram para pouco mais de 5 minutos e os 300 burpees estão nos 21'19". Keep strong! A solidão é somente um convite a te reencontrares com a tua essência,
e nesse reencontro recuperares à tua própria companhia. Neste... talvez como em todos, o Natal tem sido sinónimo de muitas e variadas coisas, dependendo das crenças, hábitos, cultura local, contexto...
No nosso meio, é muitas vezes conotado como a época do frenesim das compras para as prendas de Natal. É curioso ouvir tanta gente dizer que o Natal, na sua essência, não é nada disso, e depois ver as lojas e centros comerciais cheios de gente numa correria às compras com expressões de cansaço e stress, e as árvores de Natal que partilham nas redes sociais estarem rodeadas de dezenas de caixas brilhantemente embrulhadas, com laços de magia e estrelas cintilantes. Neste Natal... talvez como em todos, convido-te a pensares na tua intenção. Qual a intenção, para ti, desta época? O que queres experienciar, sentir, viver? Qual a intenção de cada gesto, cada prenda, cada momento? E nessa intenção, faz aquilo que vai ao encontro da sua realização, da tua realização. Se isso incluir prendas, segue em frente e desfruta livremente desses momentos de partilha. Se isso inclui abraços, sorrisos e proximidade com aqueles que te são importantes, segue em frente e desfruta livremente desses momentos de partilha. O que ver que seja a tua intenção, faz com que aconteça com consciência, com sentido de viveres o que queres viver, e de proporcionar a quem te rodeia a tua liberdade de amar. Boas festas, recheadas de boas intenções - as tuas - e boas partilhas :) Sabes aquele comportamento que achas que não devias fazer (porque te faz mal, porque achas que é errado ou outro motivo qualquer) e ainda assim... o fazes?
Se te recriminas por isso, se sentes algum tipo de culpa, podes relaxar agora. És normal. És perfidamente normal. Está tudo bem! O teu sistema é perfeito tal como é e sabe exactamente o que é bom para ti. Por vezes, escolhe expedientes que podem ser prejudiciais nalgumas áreas, sabendo que te trazem algum tipo de benefício noutras áreas. A parte boa é que, agora que estás consciente disso e que sentes que esse comportamento te trás algumas vantagens, por obscuras que por vezes possam parecer, podes agora ir ao encontro de comportamentos alternativos que te proporcionam os mesmos benefícios e sejam mais ecológicos para ti. Sabes como? É normalmente quando relaxas que as coisas começam verdadeiramente a acontecer...
...só porque forçar tem custos elevados e gera demasiada tensão. E se toda esta nossa concepção da realidade não passasse de uma espécie de Truman Show?
O que mudarias agora? ...talvez possas só e apenas dar um sentido e sincero abraço (nem que somente imaginado).
É que, por vezes, a pessoa que grita e barafusta está só a expressar uma necessidade de conexão e incompreensão perante um contexto. A opinião é um bónus!
O conselho de um amigo, amiga, daquela pessoa especial, daquela pessoa experiente, pode ajudar a encontrar novas perspectivas. Essa opinião, esse conselho, pode até ajudar a evitar erros, desvios, tropeços no caminho. É um bónus naqueles momentos vazios, em que parece terem-se esgotado todas as possibilidades. A opinião é... sobrevalorizada! O conselho de um amigo, amiga, daquela pessoa especial, daquela pessoa experiente, reflete a sua própria experiência e perspectiva das coisas, não a tua. O conselho reflete o que lhe aconteceu, não necessariamente o que te vai acontecer. Ouve com atenção. Considera. Pondera. Agradece! E no fim, decide por ti! A opinião é uma opinião. Por norma, é-nos oferecida com muito boas intenções. Por vezes vem envolta de carinho, amor e protecção. E continua a ser uma opinião. A opinião, por bem intencionada que seja, pode limitar. Pode limitar a possibilidade de experimentar e descobrir. Pode dizer "Eu sei mais que tu, por isso segue este caminho que te indico, pois tu não sabes ainda o suficiente". Pode limitar a capacidade criativa na experiência pessoal, na auto-descoberta e responsabilidade pessoal, e até no sentimento de auto-estima. É um presente que deve ser entregue com cuidado, no momento certo e de forma certa. Que bom que temos opiniões. Que bom podermos dar e receber opiniões. Que bom podermos reflectir um pouco de nós nos outros e receber um pouco dos outros em nós.. Que bom que temos a liberdade de seguir opiniões... ou não... e está tudo bem! |
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