Gosto disto!
Trabalhar com adolescentes está-se a verificar mais desafiante que inicialmente previsto. E não tanto pela rebeldia e alteração frequente de foco. Temos de ser verdadeiramente capazes de captar a atenção, manter um clima descontraído e divertido, enquanto se passam eficazmente conteúdos úteis e produtivos. Não é nada fácil. Consome muita energia. Não é sobre mim. É sobre a forma como posso construir este relacionamento entre mim e 40 alunos. É sobre nós. É extraordinário!
Gosto disto! No passado dia 4/Dez tive o privilégio de estar com um grupo de profissionais e cidadãos de Peniche, na apresentação de um projecto que promete dar respostas à "necessidade de trabalharmos colaborativamente para um futuro em que possamos beneficiar cada vez mais dos oceanos ao mesmo tempo em que contribuímos para a sua sustentabilidade."
O Smart Ocean tem a participação do IPL, Município de Peniche, Docapesca e Biocant, e todas estas entidades estiveram presentes na apresentação, inteligentemente gerida pela equipa Komuhn. Foi uma experiência produtiva e "fora da caixa", e pergunto-me muitas vezes como é que metodologias tão simples como design thinking, brainstorming e organização descentralizada (de entre outras) não são mais amplamente utilizadas nas organizações em geral para promover ideias e projectos de sucesso. Não sei se este projecto em particular vai ter ou não sucesso... há ainda muito em aberto até que este ganhe fôlego e velocidade para cumprir as suas premissas. Mas sei uma coisa: a julgar por este encontro de profissionais e cidadãos determinados em criar uma simbiose entre a "ciência, a tecnologia, a inovação e o empreendedorismo", parece-me que se está a desenhar um bom caminho para "criar um mar de novas ideias, novas soluções e novas oportunidades para um futuro brilhante". Smart Ocean não é apenas um exemplo de um projecto que promete ter futuro... está a ser um exemplo de como se pode desenvolver um projecto com futuro. Estou confiante neste projecto... www.facebook.com/groups/project.smartocean/ Por vezes escrevo. Um texto num dia. Outro texto uns meses depois. Outras vezes escrevo com frequência. Não escrevo todos os dias, mas bem podia fazê-lo. Parece que me sinto mais inspirado em dois estados bem distintos. Ou na depressão, não extrema, ou na paixão. Mas é claramente a depressão que mais facilmente me leva a pegar na esferográfica e no papel, mesmo que rasgado do tampo de uma mesa de restaurante num apressado almoço de semana. Agora é mais com recurso ao teclado virtual do telemóvel. Tão virtual como parecem ser cada vez mais as nossas vidas. Mas estava eu aqui a pensar que escrevo para expor as minhas ideias, os meus sentimentos, as minhas queixas, histórias e desejos. Por vezes, as minhas paixões. E é bom escrever. Uma das vantagens é o desabafo. Sabe bem desabafar. Deitar cá para fora. É certo que ninguém responde. Mas num desabafo, isso é somenos importante. E no final, se precisares de um abraço ou uma palavra amiga, contacta aquela pessoa que tu sabes. Assim ela não perde tempo e centra-se no essencial - dar-te apoio. Outra vantagem é a retrospectiva. E neste caso quero salientar dois tempos: o imediato e o longo prazo. No imediato consegue-se, muitas vezes, uma nova perspectiva. Uma outra forma de olhar que magicamente confere clareza. E nessa clareza surgem novas ideias, abordagens e possibilidades. É um processo interessante. Recordo-me agora de um momento em que me encontrava desesperado. O coração batia a mil, a respiração estava curta e rápida, e só pensava num limitado leque de negros cenários, num desfecho que avaliei como terrível. Pior, é que estava prestes a estar acompanhado por alguém com quem não queria, de todo, partilhar aquele desespero. E na aparente impotência de alterar o estado, de encontrar cenários alternativos, escrevi rapidamente a quatro amigos especiais. Assim que conclui o longo texto com o que estava a passar e a sentir, decidi reler. Afinal estava num estado alterado e a velocidade com que escrevi dava aso a erros e mensagens ininteligiveis. Ao reler, cheguei ao fim com um "E??!?..." O insight foi incrível. Não havia problema. Tudo se conciliou perfeitamente. O problema foi demasiado foco num único desfecho hipotético ao ponto de não ver mais nada. A respiração acalmou e tornou-se mais profunda. O ritmo cardíaco voltou ao normal. O sorriso voltou. E tudo ficou bem. Apaguei a longa mensagem e escrevi apenas "Obrigado por estarem aí." Fazer uma retrospectiva requer uma análise, e uma análise requer algum distanciamento. É este distanciamento que permite novas abordagens, por proporcionar uma alargada observação de um todo. E é nestas novas abordagens que se encontram novas possibilidades. A retrospectiva no tempo tem também vantagens. Observar as nossas ideias e sentimentos ao longo do tempo ajuda-nos de várias formas. Pode ser no reencontro com as nossas intenções, os nossos sonhos e vontades. Pode ser na perspectiva da nossa evolução pessoal. Pode ser na consistência de certos valores. Pode ser na observação de que já ultrapassamos tantas situações nas nossas vidas, que esta é apenas mais uma a acrescentar força, experiência e conhecimento, mesmo que possa não parecer nalgum momento em particular. A retrospectiva ajuda-nos também no nosso reconhecimento, na conexão connosco e na observação dos processos que podemos manter, melhorar ou alterar. E por vezes, é também extremamente divertido. Escrever... em cadernos físicos ou digitais, privados ou públicos, é uma forma de contactar-nos com a nossa essência. Por vezes é quase como meditar, só que fica registado para memória futura. Para as retrospectivas da vida. Para a nossa própria evolução pessoal. O que escreves agora? Observo em diferentes contextos um foco excessivo no comportamento. Quando algo corre bem, elogiam e/ou incentivam o comportamento. Quando algo corre mal, criticam e/ou corrigem o comportamento.
Na minha perspectiva, nenhuma destas ações promove uma verdadeira ligação com a pessoa. Embora possa ser agradável receber o elogio (eu, pelo menos, gosto de quando em vez) e que incentivem a reforçar comportamentos "bons" (seja lá o que "bom comportamento" signifique), a verdadeira essência não está a ser atendida. Adicionalmente, quer o elogio quer a crítica pouco acrescentam de valor ao desenvolvimento individual. O comportamento, sendo a única parte visível, é apenas o reflexo de algo invisível e inatingível aos outros. E por vezes, nem a própria pessoa tem uma noção clara das motivações do seu próprio comportamento. Elogiar... criticar... julgar por vezes pode ser a única forma que encontramos de exprimir o que sentimos em relação ao comportamento observado. Ou seja, mais um comportamento. Mas mais eficaz que isso, é ajudar a pessoa a ligar-se à essência do seu comportamento (se considerares útil e apropriado, claro). Assim como nós também nos podemos ligar à essência dos nossos comportamentos... sem julgamentos, sem tretas, sem justificações. E é nessa ligação que encontramos a melhor forma de nos exprimirmos, alterando ou não os comportamentos, adequando-os aos contextos e intenções, e melhorando a nossa autenticidade... não de uma forma forçada, correctiva... mas de uma forma natural, evolutiva e fluída. Diz-se que quem vê caras não vê corações. Parece-me apropriado adaptar para "quem vê comportamentos não vê corações". Deixa fluir! Quando desconfiam sucessivamente de ti (das tuas escolhas, das tuas preferências, das tuas intenções, das pequenas ou grandes coisas) tendes a desconfiar de ti também? E se em vez da pessoa adulta que és, fosses criança? A tua resposta seria a mesma? No dia-a-dia observo muitas vezes os adultos decidirem pelos mais novos, em relação à roupa, actividades, comportamento geral, refeições, etc... O que diria a Pipi? ;) Baseado no podcast Inspiração Para Uma Vida Mágica com Pedro Vieira e Mikaela Övén - Mindfulness, Heartfulness & Parentalidade Consciente.
Aquele momento em que alguém partilha contigo a sua revolta e incompreensão pelos outros, por falarem enquanto alguém se manifesta no palco com dificuldade em se fazer ouvir, no preciso momento em que já todos se calaram e fazendo o mesmo barulho daqueles que critica - Extraordinário!
Há dias, num comentário que fiz sobre o facto de fazer jejuns intermitentes, alguém de imediato afirmou:
- "Isso faz mal!" O meu primeiro pensamento foi "Não foi isso que li nalguns artigos especializados, escritos por nutricionistas e investigadores, e baseados em estudos recentes." Senti vontade de justificar a minha opção e também de questionar em que se baseava aquela afirmação tão convicta e tão diferente da minha, fazendo com que a minha opção estivesse completamente errada face à minha intenção. Mas não o fiz, porque logo outra voz se fez ouvir na minha cabeça, perguntando-me: - "Em que outros momentos alguém partilha algo contigo, e tu de imediato fazes afirmações do mesmo género?" Deixei-me ficar em silêncio, deixei a afirmação passar, e senti-me sereno. Moral da história: Vou passar a afirmar menos, e a questionar mais. Afirmar menos porque aquilo em que acredito é somente aquilo em que acredito. Perguntar mais pois posso aprender com as crenças dos outros, sobre eles e sobre as minhas próprias crenças. E vou continuar a partilhar aquilo em que acredito, sem impôr, sem afirmar que "É assim!"... simplesmente dizendo que, para mim, tem funcionado assim. E cada um segue aquilo em que acredita, e está tudo bem. A opinião é um bónus!
O conselho de um amigo, amiga, daquela pessoa especial, daquela pessoa experiente, pode ajudar a encontrar novas perspectivas. Essa opinião, esse conselho, pode até ajudar a evitar erros, desvios, tropeços no caminho. É um bónus naqueles momentos vazios, em que parece terem-se esgotado todas as possibilidades. A opinião é... sobrevalorizada! O conselho de um amigo, amiga, daquela pessoa especial, daquela pessoa experiente, reflete a sua própria experiência e perspectiva das coisas, não a tua. O conselho reflete o que lhe aconteceu, não necessariamente o que te vai acontecer. Ouve com atenção. Considera. Pondera. Agradece! E no fim, decide por ti! A opinião é uma opinião. Por norma, é-nos oferecida com muito boas intenções. Por vezes vem envolta de carinho, amor e protecção. E continua a ser uma opinião. A opinião, por bem intencionada que seja, pode limitar. Pode limitar a possibilidade de experimentar e descobrir. Pode dizer "Eu sei mais que tu, por isso segue este caminho que te indico, pois tu não sabes ainda o suficiente". Pode limitar a capacidade criativa na experiência pessoal, na auto-descoberta e responsabilidade pessoal, e até no sentimento de auto-estima. É um presente que deve ser entregue com cuidado, no momento certo e de forma certa. Que bom que temos opiniões. Que bom podermos dar e receber opiniões. Que bom podermos reflectir um pouco de nós nos outros e receber um pouco dos outros em nós.. Que bom que temos a liberdade de seguir opiniões... ou não... e está tudo bem!
No contexto do desenvolvimento pessoal, e em como lidar com problemas pessoais, há quem ajude dando conselhos. "Devias fazer isto." "Tens de ir por ali!" "Não sigas esse caminho que te vais perder." "Isso é estúpido. Escolhes antes aquilo que é melhor." Funcionou contigo quando te disseram o que fazer? Então porque fazes isso com os outros? Na minha perspectiva, e que é apenas a minha perspectiva, a melhor forma de ajudar é fazendo perguntas, as perguntas certas, e ter a paciência, dar tempo, para que essas perguntas surtam efeito. Não o efeito que esperas ou desejas, mas o efeito para aquela pessoa ultrapassar a sua situação, seja em que direcção for.
O meu conselho?
Deixa-te de conselhos, ouve, faz as perguntas certas, e sê paciente. Ah... desculpa, dei-te um conselho ;) Numa conversa sobre objectivos a concretizar para uma empresa, o representante da empresa demonstrou interesse em formações comportamentais que "ensinassem" aos seus colaboradores determinadas comunicações não-verbais no sentido de demonstrarem abertura e compreensão para com os colegas e clientes. A intenção era criar um ambiente mais convidativo e harmonioso.
No seu entendimento, era importante que os colaboradores tivessem controlo consciente sobre a sua postura corporal, movimentos das mãos e expressões faciais, de forma a demonstrarem abertura e compreensão, mesmo nas situações mais adversas, e que aprendessem essas posturas e expressões em todos os momentos. A questão que coloco é: Será possível controlar conscientemente um vasto conjunto de movimentos que são, na sua maioria (especialmente as micro-expressões faciais), executadas de forma inconsciente? A minha experiência dita-me que este controlo fica no mínimo estranho, por ser incongruente com os sentimentos que a pessoa possa estar a sentir naquele momento. Ou seja, se é importante "ensinar" essa comunicação, é porque ela não está a acontecer, o que muito provavelmente é um forte indicador que os sentimentos desses colaboradores vão noutro sentido. Adicionalmente, por mais controlo consciente que se tenha em parte da comunicação não-verbal, haverá sempre uma parte que vai espelhar o que realmente se passa lá dentro. Daí a nossa sensação, tantas vezes, de que "aquela pessoa" não parece ser confiável, ou teve uma atitude estranha, ou "deve estar desconfortável" com alguma coisa. Em resumo, achamos que a pessoa foi incongruente na sua comunicação. A minha proposta, nestes casos, vai sempre no sentido de trabalhar o que está a gerar essa comunicação, começando pelas representações internas dos diferentes contextos, através da criação de sentimentos que espelhem aquilo que se pretende, efectivamente, demonstrar... e que até pode ser a abertura e a compreensão. Acredito que todos sabemos e somos mestres na comunicação não-verbal, e que se estivermos alinhados com uma forte intenção, teremos uma comunicação global congruente e eficaz. Ou seja, se sentires abertura e compreensão, podes centrar a tua atenção no que é importante naquela relação, nomeadamente na comunicação do outro, confiando que toda a tua comunicação não-verbal será congruente com a abertura e compreensão que sentes. Coaching está a ficar cada vez mais popularizado. A cada dia surgem novos intervenientes no mercado, e cada um com o seu estilo de abordagem, por vezes com nomes diferentes de Coaching como (i) forma de se destacarem da massificação que se começa a notar e/ou (ii) forma de aliar a arte à sua actividade corrente (por exemplo, Coaching Vocal, que é a fusão de terapia vocal com os princípios e técnicas de Coaching). Dado que se trata de uma actividade não regulamentada, "a entrada é livre", e praticamente qualquer pessoa se pode auto-intitular como Coach. Está tudo bem, se soubermos como navegar neste oceano, e deixo-te abaixo 3 dicas simples. Então, como diferenciar as diferentes abordagens e como encontrar aquela que melhor serve o meu propósito? 3 dicas simples:
Estes são os 3 passos simples que te podem ajudar a escolher acertadamente. E convém ter em conta o seguinte:
A primeira dica dispensa explicações. Ou te identificas ou não com a mensagem e abordagens, De nada serve se não sentes abertura para com a pessoa com quem vais falar do teu caso.
A segunda dica salienta, acima de tudo, se @ Coach é ou não congruente. Se sim, óptimo. Se não, isso poderá significar que há algo em falta, como quem apregoa aquilo em que não acredita ou é incapaz de o aplicar a si mesm@. A terceira dica centra-se na essência do Coaching, e passo a explicar... Qualquer pessoa que exerça Coaching na sua essência, terá uma abordagem neutra. Ou seja, não te vai dizer o que fazer nem como o fazer, não te vai dizer se está certo ou errado, e muito menos fará escolhas por ti. E é aqui que entra a arte do Coaching. Coaching é a arte de ajudar as pessoas a conhecerem-se melhor, a descobrirem mais sobre si próprias, o que pretendem fazer daí para a frente, e a descobrir e a percorrer caminhos para lá chegar, e tudo isto através de perguntas assentes na observação consciente e atenta. Parece magia, e não é. Qualquer outra coisa será algo diferente de Coaching, que por vezes pode ser introduzido na sessão como complemento da mesma, e advertindo sempre "Isto que agora vou fazer/dizer/sugerir não é Coaching". Pode ser aconselhamento, psicoterapia, mentoring ou outra actividade que em certos momentos pode fazer todo o sentido incluir com o consentimento d@ Coachee (cliente), e que estão à margem da essência do Coaching. E agora, que já sabes um pouco mais sobre Coaching, o que vais fazer a seguir? Hoje, que é dia das mentiras, posso-te dizer o seguinte:
Pronto... era só isto, já que é o dia das mentiras. Aliás, não é isto que tantas pessoas dizem a si mesmas ao longo do ano? Hoje é o dia em que estas frases fazem todo o sentido, porque tu sabes... que... na verdade...
"Todas as coisas que vivem neste mundo morrem. É por isso que deves encontrar alegria na vida, enquanto o tempo é teu, e não temer o fim.
Negar isso é negar a vida. Mas, abraça-la... Consegues abraça-la?" ~ Titan in "I Kill Giants" Em conversa, falávamos de comportamentos, crenças e emoções.
Talvez possamos observar no lugar de pressupor, e operar em cada contexto com base no que está a acontecer em vez daquilo que aconteceu. É que, o que aconteceu, já foi, e o que está agora a acontecer pode já não ter nada a ver com o que foi. Quando operamos num contexto com base no que já foi, estamos a filtrar a nossa observação com base no passado, perdendo assim informação que pode ser valiosa no sucesso da interacção presente. Quando ages num dado contexto, num relacionamento pessoal ou profissional, ages com base no que é ou com base no que foi? E quais os resultados que tens face aos resultados que queres ter? Em interessante e animada conversa com amigos, ficou evidente uma percepção generalizada (na verdade, uma análise alucinada, pois não tínhamos nenhuma evidência científica de suporte a esta análise) de que quem recorre aos serviços de um Coach está, certamente, com algum problema grave. Sendo verdade que existem casos de pessoas que podemos considerar como graves e que recorrem a um Coach, tal como a profissionais de outras áreas, assumir à partida que quem recorre a estes profissionais tem algum problema "grave" não só é abusivo como parece demonstrar um desconhecimento sobre o que são estas áreas do desenvolvimento pessoal. No caso do Coaching, actividade que tenho vindo a desenvolver há algum tempo, este pode ser orientado de diferentes formas, dependendo do cliente e da situação apresentada. Por exemplo:
Um Coach é alguém que está de fora da situação, munido de recursos e ferramentas que ajudam na clarificação de situações e na criação de novas perspectivas, logo, novas possibilidades de acção para novos resultados. E isto pode ser aplicado em casos.... "graves", como em situações tão comuns como:
Poderia continuar com estas listas de exemplos, já que são quase infindáveis, mas a mensagem final é que Coaching, assim como algumas outras actividades do desenvolvimento pessoal, não é para pessoas com problemas graves. É para pessoas que, independentemente dos problemas que possam estar a sentir, graves ou não, querem-se desafiar a ir mais longe, a descobrirem algo mais sobre si, a tomarem melhores decisões, a tornarem-se melhores do que são, a lidarem melhor consigo mesmas e com os contextos em que se inserem. Ou seja, é quase universal, independentemente das situações:
Coaching é assim uma forma de entendermos melhor o que está a acontecer, aprendendo a desenvolver uma observação mais clara e objectiva dos contextos. É uma forma de nos alinharmos na direcção de objectivos concretos, com base em valores e intenções bem definidas. É uma forma de se explorarem as infinitas possibilidades de viajarmos do sitio onde estamos até ao sitio onde queremos estar, desenvolvendo competências e aprendizagens que nos fazem crescer e ser mais... humanos. É uma forma de nos descobrirmos e inspirarmos a cada momento, e realizar agora o que de facto é fundamental nas nossas vidas. E é muito mais do que isto... Felicidade não é estar num estado permanente de alegria, e sim permitires-te sentir e experienciar as emoções tal como elas são, no seu momento certo, de forma libertadora para ti.
Talvez te possas colocar a seguinte questão em caso de dúvida: - "Como te sentes em relação ao que estás a sentir agora?" Talvez possas observar que o teu estado está, invariavelmente, ligado aos teus pensamentos, àquilo em que te decides focar a cada momento, muitas vezes filtrado à luz das tuas crenças e experiências passadas.
Isso é bom, porque significa que se quiseres mudar o teu estado, podes mudar os teus pensamentos, podes alterar o teu foco para outros aspectos da mesma coisa, talvez possas questionar as tuas crenças e deixar as tuas experiências passadas onde elas pertencem... ao passado. Como podes fazer isso? Há uma forma interessante de o conseguires... fazer perguntas diferentes! A qualidade das tuas perguntas está directamente ligada à qualidade das respostas que obténs. Por isso, talvez sintas curiosidade na alteração das perguntas que te colocas. Talvez possas orienta-las a novas perspectivas, à recuperação de informação perdida ou esquecida, à observação dos processos que levem a novos estados emocionais, o que por sua vez te conduzem a novos comportamentos e novos resultados.. Podes tentar silenciar a tua mente de variadas formas. Na minha experiência, nenhuma resulta. Atrás de um pensamento vem outro, e logo a seguir outro, e... assim continua, de forma ilimitada e incontornável. A única forma que conheço verdadeiramente eficaz de gerar tranquilidade e serenidade é, simplesmente, deixar ir... Deixa ir... Observa, apenas. Podes até sentir alguma curiosidade pelo pensamento que vem a seguir. E depois deixa-o ir... É como um comboio que passa num apeadeiro sem parar... é só deixar ir.... ...e está tudo bem! Recentemente, alguém me deu o seguinte argumento para a cativar a minha confiança nos serviços e profissionalismo da sua instituição: - "É uma instituição com 145 anos, os colaboradores são os mesmos..." Ao que interrompi: "Tem colaboradores com 145 anos?" Obviamente, a minha pergunta é parva, e percebe-se bem o que a mensagem dos "145 anos" pretende transmitir. Contudo, e pessoalmente, sinto-me normalmente curioso sobre este tipo de argumentos, porque a instituição são as pessoas que lá estão agora... e se as que lá estão agora forem umas nabas, ou lideradas por nabice, os 145 anos pouco ou nada significam. Nestes momentos recordo-me sempre de grandes e sólidas instituições, com décadas ou centenários de existência, que de um momento para o outro sucumbiram... Quanta importância tem, realmente, a idade de uma instituição relativamente à sua segurança (ou estabilidade), idoneidade e profisionalismo? Será apenas uma questão de percepção? Opiniões? |
Sobre este blog...Arquivo de textos, ideias ou sugestões, sobre tudo e sobre nada, e que poderão ser usados e comentados. Sobre mim?Pode consultar um resumo do meu percurso aqui, ou questionar-me sobre algo em específico através de um dos meus contactos.
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