Na maioria dos artigos de desenvolvimento pessoal (este blog incluído) leio frequentemente mensagens de incentivo à mudança: "Muda, e se tiveres medo, vai com medo mesmo." ou "Mudar é complicado mas permanecer é perecer." As mensagens são tantas que, por vezes, e relendo também alguns textos do meu próprio blog, fica a sensação de que não mudar é mau.
Então... vejamos alguns pontos que me parecem ser importantes nesta questão:
- Mesmo que decidas não mudar, estás a mudar!
Ou seja, quer queiras, quer não, a mudança acontece. As tuas ideias, as tuas perspectivas, o teu corpo, os contextos em que te envolves... tudo muda. Nada permanece igual. Por isso, relaxa. Porque se decidires ficar onde estás, agora algum tipo de mudança sucede na mesma, e podes tirar proveito disso.
São pequenas mudanças, e nalguns casos podem fazer toda a diferença... - Muda!
Mudar leva-te a sair da zona de conforto. Isso gera experiência, que bem aproveitada gera aprendizagem, e aprendizagem gera crescimento.
Mas existem muitas formas diferentes de mudar, e não precisas de ser radical para cresceres. Podes fazer-lo de forma cuidada e sustentada. - Dá um salto de fé!
Aqui já estamos a falar de uma mudança mais radical. Não sabes nada do que te espera, e segues na mesma. Muitos autores do desenvolvimento pessoal são grandes adeptos desta opção, e alerto-te que, sendo absolutamente fantástica, talvez não seja para todos... ou pelo menos não para todos os momentos ou fases da vida.. Curiosamente, conheço algumas pessoas que o fizeram e... WOW!
Bom... era mais ou menos isto. Podes mudar de muitas formas, com pequenas ou grandes mudanças, e por vezes até de forma radical, seja em que área for da tua vida, e em que momento for.
O que acontece muitas vezes é que o dilema permanece!
Se mudas e corre mal, o lado de ti que não queria mudar lança um rol de acusações associadas a irresponsabilidade, leviandade, aventura desmedida, estupidez e outras coisas muito piores. E talvez venhas a sentir algum arrependimento.
Se não mudas e corre mal, o teu lado que queria mudar lança-te um rol de acusações associadas a xónice (isto existe?!?), fraqueza de espírito, moleza, comodismo, estupidez e outras coisas muito piores. E talvez venhas a sentir algum arrependimento.
Seja qual for a decisão que tomes:
- Decide por ti!
Ouve o que as pessoas têm para te dizer. Alguns conselhos pode evitar desastres, embora sejam baseadas nas experiências alheias que não são propriamente a tua. Mas vale sempre a pena considerar. Mas quando decidires, decide por ti! - Acredita que no momento em que decidires, o estás a fazer com base no teu melhor conhecimento, recorrendo aos recursos que nesse momento estão presentes em ti. Por isso, aconteça o que acontecer, relaxa, retira as aprendizagens que tiveres a retirar, e define nova estratégia (se for o caso);
- Uma boa forma de evitares algum desânimo futuro é:
- deixa-te de expectativas... o que acontecer, acontece... decide, age e acredita nas tuas melhores capacidades, mantendo a atenção plena no que está a acontecer...
- mune-te de mais e melhores recursos (internos) para a tua decisão, e
- une todas as partes que tens em ti numa ação conjunta.
Espera aí... unir as partes de mim numa ação conjunta?
Sim... parte de ti quer uma coisa e parte de ti quer outra. Elas estão em conflito... daí o teu dilema interno. Mas existem formas de alinhares essas diferentes partes numa mesma intenção poderosa, de forma a que possas deixar de ter o dilema e escolher uma das opções ou... quem sabe, agora livre de dilemas... escolher uma opção até aí inexistente.
O conflito pode ser importante. Alerta-te para as diferentes questões a analisar, e que podem ser importantes para a tua decisão. Depois, há o momento de união e agir em harmonia.
Mudes ou não mudes... a mudança acontece. Escolhe aquela que melhor te serve a cada momento, mesmo que seja ficares onde estás agora... ou partires para uma nova aventura.
Boas escolhas, em harmonia :)