- "sou impaciente",
- "perco o foco com facilidade",
- "não aprendo nada",
- "agarro-me demasiado às coisas",
- "sou introvertido",
- de entre muitas outras...
Tanto a avaliação "Isto é mau" como a pergunta "Porque sou assim" reforçam o lado menos positivo de qualquer dessas características. E as respostas normalmente são condicionadas pela qualidade das perguntas que colocamos.
"Isto é mau!"
É uma avaliação que pode ser aplicada num dado contexto em que o resultado do comportamento não era o desejado. Então, avalia-se o comportamento como mau. Pior, assume-se que o comportamento é mau em qualquer circunstância. Ao invés de uma avaliação absoluta, talvez possas afirmar algo do género:
- "Que interessante... isto deu um resultado diferente daquele que eu quero. Que outro comportamento posso exercer agora para atingir o resultado que quero ter agora?"
"Porque sou assim?"
Esta é uma pergunta para a qual o teu sistema vai encontrar respostas, mesmo que falaciosas. O teu sistema vai sempre justificar o lado positivo da pergunta. Logo, se perguntas porque é assim, o teu sistema não te vai contrariar, e vai encontrar respostas que reforcem o ser assim. Ou seja, és assim porque...
Ao invés de perguntares "Porquê", experimenta perguntar "Como". Por exemplo, como é que fazes para:
- ser impaciente,
- mudar de foco,
- não aprender,
- agarrares-te demasiado a,
- ser introvertido,
- etc.
Outra perspectiva é observares o que esse comportamento poderá significar. Por exemplo, o que significa perder o foco? Será que procuras diversidade? Será que procuras emoções diferentes? Será que tens uma tendência natural para a criatividade? Será que sentes não ter tempo a perder com coisas que já conheces?
Observa o lado positivo desse mesmo comportamento, e em que contextos esse mesmo comportamento te pode ser útil e trazer os resultados que queres ver na tua vida.
Todos nós temos diferentes características e em doses variáveis. É ao aceitarmos essas características e ao aprendermos a lidar com elas, a usa-las devidamente e a integra-las no nosso dia-a-dia, que podemos melhor atingir os nossos objetivos. Ou seja, em vez de recriminares os eus comportamentos e os recusares (ou lutares contra eles), aceita-os, abraça-os e aprender a usa-los nos seus devidos contextos.
Relaxa... está tudo bem contigo!
´Es uma pessoa perfeitamente normal.