Se te envolveres na história podem acontecer, de uma forma geral, duas coisas:
- distancias-te ao afirmares que o problema não é um problema, apresentando contra-exemplos pessoais
(ou comparações com outros contextos), ou
- acedes ao problema imergindo no suposto problema.
Em qualquer destas situações a contribuição para o outro sair do problema é relativamente baixo., ainda que possível. No primeiro caso a outra pessoa tenderá a sentir-me mal por achar que tem um problema, dados os contra-exemplos ou comparações com situações bem mais desafiantes. No segundo caso sente-se acompanhada, mas continua sem vislumbrar saídas, e podem ir ambos beber uns copos e afogar as mágoas.
Há uma terceira hipótese - com compaixão, ajudar a pessoa a lidar com o "problema", que não é a história que conta, e sim a forma como lida com o contexto onde se encontra o suposto problema. Parece que, afinal, nada é um problema. Apenas a forma como lidamos com as coisas determinam se as coisas são problemas, ou oportunidades.