Nesse percurso, ha momentos bons e menos bons. Há momentos de elevada energia, confiança, determinação, certeza, convicção,, diversão e tantas outras coisas que nos motivam e dão alento a cada passo. Há a magia das novas descobertas e de sentirmos todo o longo percurso que já deixámos para trás e olharmos o horizonte com a alegria e a paixão de alcançar o que está para lá daquela linha.
Há, também, momentos menos bons. Há dúvidas, quedas e trambolhões, paredes imensas e aparentemente intransponíveis, cansaço e até exaustão, incerteza, aborrecimento, frustração sensação de derrota, falta de confiança, ausência de sentido, preguiça e outros estímulos que, momentaneamente, nos captam a atenção para desviarmos caminho.
O que é que isto tem a ver com as sequóias?
A sequóia sempervirens é uma árvore magnífica. Aliás, todas o são, e a sequóia tem algo de muito especial. É uma árvore grande, enorme, gigante. É uma das maiores árvores do mundo, podendo chegar aos 130 metros de altura (o maior exemplar existente hoje tem 115,55 metros e à qual foi dado o nome de Hyperion) e cerca de 8 metros de diâmetro, podendo viver alguns milhares de anos.
São de grande importância na manutenção da paisagem natural, devido ao grande papel contra a erosão, seja graças à absorção da água das chuvas (uma árvore adulta pode absorver até 250 litros de água por dia) ou pela grande fixação exercida ao solo, o que também contribui para a manutenção dos nutrientes no solo tornando-o rico e fértil.
Mas nada disto está relacionado com os objetivos... voltemos então à nossa questão inicial.
As suas raízes não vão muito além de um metro de profundidade. Imagina, 80 a 115 metros em altura de uma árvore com uma envergadura de vários metros, e com apenas 1 metro de profundidade de raízes para lhe dar estrutura. Parece de loucos. Mas há um segredo, um truque, que mantém esta árvore num perfeito estado de equilíbrio e estruturalmente segura. Ela não existe sozinha. As suas raízes entendem-se ao longo de muitos metros à sua volta, assim como todas as raízes das sequóias à sua volta. Essas raízes entrelaçam-se umas nas outras criando uma rede única, interligada, e de suporte mútuo.
Ou seja... uma árvore dificilmente se sustenta sozinha, recorrendo a uma rede própria extensa e suportando-se também na rede das árvores vizinhas.
Com isto, quero dizer, partilha os teus objetivos. Ao partilhares estás a criar uma rede de suporte, de apoio, que te vai motivar nuns momentos e puxar as orelhas noutros. Basicamente, ao partilhares o teu objectivo com com o teu grupo de apoio, e escolhe bem o teu grupo de apoio, estás a criar um compromisso contigo e com o grupo. Cederes, por exemplo, à preguiça pode ser fácil se só tu estiveres envolvido. Mas quando pensas no teu grupo de apoio, naquilo que te comprometeste com esse grupo, naquilo que esperam de ti, a situação muda de figura. E naqueles momentos menos bons, de falta de confiança, de insegurança, se frustração, raiva ou simples estupidez, tens o teu grupo de apoio para te motivar, dar aquela palavra de conforto, o abraço, ajudar a levantar, dar um empurrão ou até um puxão de orelhas, e todas aquelas coisas que só o teu grupo de apoio sabe fazer contigo.
O grupo de apoio não é um grupo qualquer. É um grupo de pessoas que acreditam em ti e te ajudam a chegar mais longe. São aquelas pessoas que respondem "Força! Eu sei que vais conseguir. Acho fantástico o que estás a fazer.." ao invés de "Não te metas nisso. Tu pensa bem no que estás a fazer. Isso não é para ti.".
Claro que por vezes temos ideias tolas. Temos? Possivelmente, sim. E são os amigos que muitas vezes nos ajudam a ver as coisas de outras perspectivas e que nos ajudam a criar uma imagem maior do que aquela que conseguimos ver sozinhos. Serem críticos ou desconfiados de inicio é, muitas vezes, uma benesse e há que os agradecer por isso mesmo. São também aqueles que, perante a tua inabalável determinação, te dão a mão, o sorriso e a energia para ires em frente e continuares no teu percurso.
A partilha tem essa magia. Mantém-te de pé, em ação e na determinação de atingires o que queres atingir para ti. E no final, o objetivo é apenas isso mesmo, um alvo para onde apontar e definires uma direção.
Resumindo:
Já tens a tua intenção bem definida? Óptimo!
Já exploraste a dor e o prazer do teu objetivo? Perfeito!
Já sabes qual vai ser, ou quais vão ser as emoções ao concretizares o teu objetivo? Excelente!
Então agora partilha, e fortalece ainda mais os teus objectivos.
Nos próximos dias publicarei mais algumas dicas interessantes.
Até lá... partilha e inspira as pessoas à tua volta :)