Hoje, neste aclamado dia dos namorados, sugiro que comeces pelo namoro mais importante da tua vida - tu!
Sugiro que te enamores profundamente, que ames incondicionalmente, que te mimes e adoces com carinho e um sorriso. Que trates de ti, da tua alma e do teu corpo. E depois, que enamores quem desejares enamorar, a partir de esse estado de amor próprio que nenhuma outra pessoa alguma vez te conseguirá proporcionar, mas que conseguirá sentir em ti, elevar e amar-te verdadeiramente só porque sim. E sorri... Quando algo indesejável acontece, quando te sentes menos bem, normalmente acedes a pérgulas como "Porquê..." ou a perguntas sobre o "Como"? Não quero ser um fervoroso adepto da abolição do "Porquê". Aliás, quero até salientar a importância do "porquê". É fundamental ter o "porquê" nas nossas vidas. "Porque estou a fazer isto?", "Porque estou aqui agora?" ou "Porque é que vou investir nesta tarefa?" podem ser perguntas interessantes e até desbloqueadoras de alguns entraves. Conduz à razão pela qual estamos aqui, à motivação de uma decisão ou comportamento, ou investimento (em coisa ou relacionamento). O que observo também é o recurso abusivo a esta pergunta. Ela é importante, e fundamental, mas nos seus contextos e momentos certos. Quando alguma coisa indesejável acontece, ou quando nos sentimos menos bem com algo, o acesso ao "porquê" parece levar a estados que pouco ou nada contribuem para a saída ou desbloqueio da situação. Muitas vezes leva até ao aprofundamento da situação indesejada, cavando-se um buraco cada vez mais profundo e escuro. A resposta mais comum à pergunta "porque é que isto está a acontecer?" é um apontar de dedos a alguém, ou a si mesmo, como forma de identificar um culpado. Quando se pergunta "porque me sinto assim?", a resposta mais comum é "porque quando era mais jovem..." ou simplesmente "porque sou tótó!". Por vezes culpa-se o estado as coisas (o governo, a empresa, a família, o condutor do autocarro, o taxista) ou justifica-se com as condições contextuais (a economia, a falta de investidores, as pessoas gananciosas e mentirosas, a traição de alguém importante). Mas isto não resolve, é um mero apontar de dedos, encontro de justificações, sobre as quais dificilmente se pode operar.. Talvez possamos experimentar, nestes casos, uma pergunta diferente. Se perguntarmos "Como é que isto está a acontecer" ou "Como é que faço para me sentir assim", começamos a olhar para uma parte diferente da situação. E essa parte tem um nome - Processo. Quando observamos o processo, começamos a identificar as diferentes componentes que, combinadas de certa forma e por determinada ordem resultam num desfecho aparentemente indesejado. E observando esse mesmo processo, como se tratasse de uma receita de um bolo ou a mecânica de produção de veículos, começam-se a identificar partes que podem ser alteradas na sequência, partes novas que podem ser incluídas e partes que podem ser removidas. E alterando-se o processo, altera-se o resultado, na direcção do resultado pretendido. "Quando me sinto bem, como faço, que tipo de pensamentos tenho, onde me foco mais?" "Quando acontece o que quero, como faço para que isso aconteça?" Parece que, quando temos em conta o processo, nos afastamos emocionalmente da situação, conseguindo assim uma operação mais limpa e eficaz sobre o processo, aplicando alterações para estados diferentes. E estados diferentes, e estados diferentes levam a comportamentos diferentes. E comportamentos diferentes, levam a resultados diferentes. Quando assumimos a responsabilidade sobre o processo, ganhamos o poder de operar sobre ele. E quando operamos sobre ele, obtemos resultados mais próximos daqueles que queremos ter. Nem sempre as alterações produzem os resultados que queremos. É uma experiência. São passos de tentativa-erro até se conseguir a fórmula certa. Também não serve de escapatória àqueles desafios exigentes. Antes pelo contrário. É uma forma de melhor lidarmos com aqueles desafios exigentes. Por vezes, o preço de uma alteração pode ser elevado, emocionalmente elevado. E só a pessoa que assume a responsabilidade pelo processo pode avaliar esse custo, e decidir avançar. Então, há momentos para perguntar "Porquê". Há momentos de termos em conta a nossa motivação. A razão pela qual nos lançamos num determinado caminho em detrimento de outro. A intenção de estarmos numa relação em vez de outra. Esse "porquê" é fundamental à sustentação de todo o processo. E depois há os momentos em que perguntamos "Como". Em que olhamos o processo de obtenção de um resultado. E observando esse processo, operar sobre ele até à obtenção do resultado desejado. E essa operação estará sempre sustentada pelo motivo encontrado no "Porquê". E todo este grande processo - "Porquê"->"Como" - leva-nos ao que efectivamente desejamos concretizar. Não é para quem pode, é para quem quer. Para quem quer de verdade. Para quem quer descobrir, desafiar-se, melhorar! Para quem quer dar a volta, dar um passo em frente, deixar-se de tretas e seguir em frente.
Poderia dizer isto em relação a muitas áreas das nossas vidas. Observo, por vezes, que as pessoas se lançam em desafios apenas para mostrarem que tentaram, que se lançaram "à fera". Mas sem a real intenção de se superarem. Lançam-se apenas como forma de mostrarem ao mundo, principalmente a si mesmas, de que não dá e que, ainda assim, se esforçam muito. É uma espécie de vaticínio auto proclamado ou self-fulfilling-profecy. E no fim exclamam algo do género: "Vês? Eu sabia que não ía dar. Já tentei de tudo, até isto! Só falta ir à bruxa." Se já estás na predisposição de que não vai resultar, descansa. Relaxa e fica aí. Não desperdices energias. Risca a tarefa da lista e pronto. Está tudo bem. Os gatos também passam a maior parte do dia a dormir e ninguém os critica por isso. Mas se queres mesmo dar uma oportunidade a... essa nova oportunidade, age. Age agora. Mas age com determinação. Age com a crença de que, esta oportunidade pode ser A Oportunidade! Faz o que tens a fazer. Dá aquilo que tens. Segue o plano. Acredita em ti. No fundo, o resultado acaba por ser irrelevante. Vais acabar por apreciar cada pedaço do percurso. E no fim sempre podes dizer: "Fiz aquilo e foi espectacular." Se resultar podes fazer a festa. Se não resultar descobriste uma nova forma de não fazer algo, e experimentas diferente. Mas isto não é para quem pode, é apenas para quem quer. Para quem quer mesmo seguir essa via, agarrar essa oportunidade. Se esta não é a tua oportunidade, procura outra. Mas se esta é a tua oportunidade, agarra-a! Em tantas áreas das nossas vidas, desde profissões a relacionamentos, observo pessoas que "experimentam" só para provarem a si mesmas que não dá, não resulta, não vale a pena. E sofrem. E mostram esse sofrimento como se de uma medalha de louvor se tratasse. Talvez seja esse o ganho - atrair a atenção dos outros pela sua infortuna. É uma espécie de desgraça desejada, só que muito inconsciente. Mas há quem obtenha essa atenção pelo lado positivo. Que atraia pela sua dinâmica, entrega, determinação. Pelo exemplo em que se tornam, independentemente dos resultados. Seja em algo de elevada actividade ou tão calmo como meditação, o que quer que seja, entrega-se à experiência e absorve o que resulta disso. E talvez descubras vários momentos absolutamente mágicos na tua vida. Boas entregas e excelentes aprendizagens! O comportamento é, por natureza, ditado por mecanismos automatizados no nosso sistema. Ou seja, por mais que tentes condicionar o teu comportamento, este deriva principalmente do teu estado actual, gerado por filtros mentais e emocionais dos mais variados tipos e origens. Esta é a razão principal de manteres comportamentos que desejas erradicar, e de boicotares comportamentos que desejas ter e... não tens, ou pelo menos não os tens em todos os momento que os desejarias ter. Quando acessas aos teus próprios processos mentais e emocionais, tantas vezes ocultos ao consciente, que dão origem a esses comportamentos (mantidos e boicotados), desbloqueias os limites da tua evolução. Em interessante e animada conversa com amigos, ficou evidente uma percepção generalizada (na verdade, uma análise alucinada, pois não tínhamos nenhuma evidência científica de suporte a esta análise) de que quem recorre aos serviços de um Coach está, certamente, com algum problema grave. Sendo verdade que existem casos de pessoas que podemos considerar como graves e que recorrem a um Coach, tal como a profissionais de outras áreas, assumir à partida que quem recorre a estes profissionais tem algum problema "grave" não só é abusivo como parece demonstrar um desconhecimento sobre o que são estas áreas do desenvolvimento pessoal. No caso do Coaching, actividade que tenho vindo a desenvolver há algum tempo, este pode ser orientado de diferentes formas, dependendo do cliente e da situação apresentada. Por exemplo:
Um Coach é alguém que está de fora da situação, munido de recursos e ferramentas que ajudam na clarificação de situações e na criação de novas perspectivas, logo, novas possibilidades de acção para novos resultados. E isto pode ser aplicado em casos.... "graves", como em situações tão comuns como:
Poderia continuar com estas listas de exemplos, já que são quase infindáveis, mas a mensagem final é que Coaching, assim como algumas outras actividades do desenvolvimento pessoal, não é para pessoas com problemas graves. É para pessoas que, independentemente dos problemas que possam estar a sentir, graves ou não, querem-se desafiar a ir mais longe, a descobrirem algo mais sobre si, a tomarem melhores decisões, a tornarem-se melhores do que são, a lidarem melhor consigo mesmas e com os contextos em que se inserem. Ou seja, é quase universal, independentemente das situações:
Coaching é assim uma forma de entendermos melhor o que está a acontecer, aprendendo a desenvolver uma observação mais clara e objectiva dos contextos. É uma forma de nos alinharmos na direcção de objectivos concretos, com base em valores e intenções bem definidas. É uma forma de se explorarem as infinitas possibilidades de viajarmos do sitio onde estamos até ao sitio onde queremos estar, desenvolvendo competências e aprendizagens que nos fazem crescer e ser mais... humanos. É uma forma de nos descobrirmos e inspirarmos a cada momento, e realizar agora o que de facto é fundamental nas nossas vidas. E é muito mais do que isto... Talvez possas observar que o teu estado está, invariavelmente, ligado aos teus pensamentos, àquilo em que te decides focar a cada momento, muitas vezes filtrado à luz das tuas crenças e experiências passadas.
Isso é bom, porque significa que se quiseres mudar o teu estado, podes mudar os teus pensamentos, podes alterar o teu foco para outros aspectos da mesma coisa, talvez possas questionar as tuas crenças e deixar as tuas experiências passadas onde elas pertencem... ao passado. Como podes fazer isso? Há uma forma interessante de o conseguires... fazer perguntas diferentes! A qualidade das tuas perguntas está directamente ligada à qualidade das respostas que obténs. Por isso, talvez sintas curiosidade na alteração das perguntas que te colocas. Talvez possas orienta-las a novas perspectivas, à recuperação de informação perdida ou esquecida, à observação dos processos que levem a novos estados emocionais, o que por sua vez te conduzem a novos comportamentos e novos resultados.. Todo o comportamento deriva de uma representação interna de ti, e das coisas que te rodeiam. É o mesmo que dizer que o teu comportamento resulta dos teus estados emocionais, estados esses com origem no teu mundo, na tua representação interna do mundo. Ou seja, tu comportas-te de acordo com aquilo em que acreditas, no mais profundo ser de ti.
Se alterares agora uma crença apenas, imagina as possibilidades… Na nossa sociedade damos habitualmente um peso desmesuradamente negativo aos erros. Por norma, criticamos os erros, e criamos uma ideia de que errar é... lá está... errado.
Mas a evolução demonstra-nos que errar faz parte da aprendizagem fundamental à nossa evolução. Errar é crescer. Perder o equilíbrio é aprender a andar. E para isso, por vezes, temos mesmo de cair ao chão. E cair ao chão é, também, uma aprendizagem. Enfim... errar é humano. E é humano porque nos torna naquilo que somos de melhor. Errar é a forma que temos de encontrar alternativas, percursos inesperados e absolutamente fantásticos, que nos torna resilientes, fortes e competentes. Que nos ajuda a descobrir algo além da lógica, além do que estava previsto, além daquilo que inicialmente tínhamos a capacidade de vislumbrar. Errar ajuda-nos também a quebrar tabus e preconceitos e seguir noutra direcção de novas experiências e descobertas, em todas as áreas das nossas vidas, pessoais e profissionais. Sem erros, a vida não seria tão bela. A vida não seria tão incrível. A vida não seria tão fantástica... tão absolutamente improvável. Os erros, afinal, são um dos pilares da nossa evolução. E às vezes dói. Por vezes, custa. E se os olharmos com curiosidade, podem tornar-se nas melhores e mais profundas aprendizagens das nossa vidas. São os erros que criam a nossa... a tua magia! Uma da questões com que me tenho deparado ultimamente é a necessidade de mudança por parte de algumas pessoas. E quando a mudança se dá por necessidade, eu desconfio. A mudança parece trazer, para os casos com que me deparei, um novo começo. Até aqui, tudo bem. Mudar é bom, e faz parte da nossa realidade. Já Heráclito de Éfeso afirmava "A única constante é a mudança". Mas há uma questão a observar... ...o que verdadeiramente te motiva a fazer essa mudança em concreto? E refiro-me à grande mudança ta tua vida. Aquela com que pretendes mudar tudo do avesso e "recomeçar do zero". O que tenho observado é que existem essencialmente dois motivos - a fuga de algo ou a busca de algo. Antes de mais, quero deixar claro uma coisa: qualquer dos motivos me parece bem, desde que tenhas a consciência do que te move. É quando não tens essa consciência que podes estar a criar um potencial transtorno no teu caminho. Ora vejamos... o que tenho observado com alguma regularidade é a fuga da dor. Parece-me lógico mudar por este motivo. Ou seja, se estou sentado num banco que tem um prego espetado para cima, continuar sentado com ele fortemente espetado no traseiro só parece ser sinal de auto-punição ou masoquismo. É certo que podem existir outros motivos. Por exemplo, a dor de lidar com o desconhecido (a mudança para algo novo) pode ser superior à dor causada pelo prego, mas vamos manter as coisas simples. A um certo nível, a pessoa tem a noção de que está a fugir de algo em concreto, e que esse algo lhe é desconfortável ou indesejável. Mas pode não estar inteiramente consciente da essência dessa fuga. Diz que foge porque não se sente reconhecida (as pessoas não a entendem ou não reconhecem o seu valor), porque as condições financeiras são péssimas (pagam mal, o país está em crise, lá fora pagam melhor, existem condições mais favoráveis lá fora), e o rol de razões pode-se estender por aí fora. Mais uma vez, está tudo bem. Diria até que, se consideras que te vais sentir melhor noutro lugar ou a fazer outra coisa ou em estares com pessoas diferentes... força! Dá-lhe gás! Vai! Segue aquilo em que acreditas. A questão é a seguinte: estás a lidar com a essência do que te move? Mudares para fugir de algo sem teres a sua essência em conta pode simplesmente significar que levas o problema contigo, para onde quer que vás. Nos primeiros tempos vai ser tudo bonito. É aquele estado de graça inicial em que nos deslumbramos com tudo. Mas findo esse período, voltamos ao mesmo. Os mesmos problemas vão surgir, e vais lidar novamente com as mesmas questões. Nalguns casos, essa mudança pode ser suficiente para lidares com essas mesmas questões de uma perspectiva diferente, e isso pode ser positivo e ajudar-te a solucionar as tuas cenas de uma forma mais objectiva.. Ou seja, não é obrigatório resolveres as tuas cenas antes de mudares para que a mudança ocorra de forma limpa e fluída. E, se no sitio onde estás, sentes que não consegues mesmo resolver as tuas cenas, muda! O que te recomendo a considerar é que, muito provavelmente, as cenas que não resolveres vão contigo, para onde quer que vás, em que situação fores, e que aqui ou lá vais mesmo lidar com elas de alguma forma. Estas questão são normalmente como a nossa própria sombra. Por mais que andemos ou corramos, a sombra está sempre lá ao nosso lado. E o outro motivo? Ah... sim! A busca de algo... A busca parece, à partida, a forma mais fluída de se mudar. Ou seja, não se está a mudar para se fugir a um problema percepcionado, mas sim na busca de algo que se projecta ser diferente ou melhor, e que se prevê nos seja benéfico ou prazeroso. Aqui o cuidado é outro. Não estamos propriamente a levar uma questão mal resolvida connosco, mas podemos estar a descurar algo que já temos, sem estamos a dar conta disso. Por outras palavras, algumas pessoas passam a vida na busca daquilo que já têm e não sabem que o têm, simplesmente porque não observam atentamente o seu contexto ou a sua realidade devidamente. E então nestes casos, é errado mudar? De todo! Tal como no caso anterior, se aqui não estás a conseguir perceber o bem que já tens, talvez a mudança te ajude a ganhar consciência disso mesmo. Por vezes, a perda leva-nos a valorizar o que temos. A estrutura é semelhante. Ou seja, observa atentamente aquilo que te move. Muitas vezes, aquilo que julgas que te move é apenas uma máscara, um disfarce do que verdadeiramente se encontra escondido. E ao conseguires acesso a esse motivo, o que, nalguns casos, pode exigir de ti uma enorme capacidade de frontalidade de ti para ti, estarás em melhor posição para decidires se essa mudança é, ou não, a mudança que queres realmente fazer na tua vida.
Que mudes pelos teus melhores motivos. E que em toda e qualquer mudança, seja ela por que motivo for, consigas encontrar pelo menos uma experiência e uma aprendizagem que tornem o teu caminho mais rico e a tua vida colorida.
Da mesma forma que muitos recomendam que desistir é falhar, outros salientam que insistir pode ser o maior erro que se pode cometer.
Por exemplo, pessoas que continuam na mesma carreira por vários anos ou décadas, apenas porque foi essa a escolha que fizeram numa altura em que essa via parecia ser a mais aliciante ou inspiradora. Lamentam-se e castigam-se dia após dia, cada manhã de trabalho é um martírio e só o vislumbre da segunda-feira gera sentimentos de desgosto e mal estar. Por exemplo, os relacionamentos que permanecem apesar da ausência de amor, sequer de carinho e prazer na companhia mútua, porque desistir significa... sim, pode significar tantas e muitas coisas decididas no passado, desde o desfazer de crenças à inevitável destruição de um sonho passado e não concretizado. E insistem... insistem em trabalhar em empresas ou manter carreiras que pouco ou nadas lhes dizem. Insistem em relacionamentos que não funcionam. Insistem em comportamentos que só trazem angustia, luta, esforço desnecessário e desgaste físico e emocional. A paciência esgota-se, os nervos cobram o seu espaço, o corpo paga a conta final em contas de farmácia e hospital. Por vezes, desistir pode ser mesmo uma excelente estratégia. Pode ser a oportunidade de mudança, de descoberta de algo novo, de um caminho diferente. Talvez seja difícil desistir. Talvez requeira coragem, energia e abertura para errar uma e outra vez. Talvez requeira amor-próprio. Talvez requeira a confiança de que merecemos e somos capazes de encontrar aquilo que verdadeiramente nos faz vibrar por dentro. Talvez... Mas a aprendizagem, o sabor de experimentar algo novo, o cheiro da descoberta de um sentido que corresponde à nossa essência, à nossa vontade de concretizar o nosso sentido de identidade... essa é única e revigorante. E nessa concretização do que agora sentimos cria-se aquela sensação de felicidade e bem estar, de sucesso pessoal, da segurança do que é sermos nós mesmos . O que te leva a insistir ou a desistir é a questão basilar... quais são as tuas motivações mais profundas? O que pretendes com tudo isto? O que ganhas ao permanecer e o que perdes ao permanecer. E não há respostas universais. Desistir... insistir... qualquer destas opções é uma estratégia igualmente válida. Nota que... desistir como acto de fuga não é, provavelmente, a solução certa. Da mesma forma, insistir por medo da mudança ou do desconhecido, pode ser igualmente negativo.. Insistas ou desistas, que isso signifique a concretização de algo que para ti é o mais importante em ti... Boas escolhas :) Por vezes ocorre aquele acontecimento fantástico... e não pensas noutra coisa. Agarras-te a esse acontecimento como se nenhum semelhante voltasse. Ganhas medo da sua ausência. Passas a temer a tua solidão. A magia perde-se. Então, ficas com saudades daquele momento fugaz. Crias a tua própria prisão na ilusão de que, se te agarrares bem àquele momento, ficas bem, em segurança, feliz, talvez até com uma certa sensação de sucesso. Mas é uma ilusão, e sabes muito bem disso. Ainda assim, agarras-te com todas as forças, até que crias a convicção de que aquele acontecimento és tu, que te define como pessoa, como ser único e individual. Continua a ser uma ilusão, mas agora com estrutura, pilares sólidos, tecto e chão de pedra. Manténs essa estrutura a muito custo. Por vezes sentes a pedra a ruis, observas as rachas a ganhar espaço, a cortar paredes e a abrir o tecto. O chão parece desfazer-se debaixo dos teus pés. E sabes, nesse momento, que tens duas opções... ou fortificas a estrutura, ou livras-te dela. Percebes que fortificar implica investir mais energia, esforço e dedicação para algo que, no fundo, sentes não ser real. Libertares-te da estrutura significa o desconhecido, sem paredes, sem tecto, sem estrutura, mas uma liberdade imensa. Ficas na dúvida. Não sabes o que fazer. Situas-te entre a ilusão da segurança ou a liberdade do desconhecido. O que será mais importante para ti... a ilusão da ordem ou o sentido da liberdade? Não sabes, mas sabes. E sabes muito bem. E a demonstração disso é que continuas na dúvida. É natural. Relaxa. Se não tivesses dúvidas, estava resolvido. Mas a dúvida existe, e se existe é porque a possibilidade do outro lado te faz sentido. Ressoa em ti. Sabes que, na tua essência, não há ordem, não há uma estrutura rígida que te define. Sabes que, na tua essência, tu és...
Quando "adormeces" à sombra do teu talento... já foste!
Quando desenvolves as tuas competências, sem ou com talento inicial, estás a alicerçar o teu futuro numa fundação mais solida e duradoura. Desenvolve as tuas competências, e amplia as tuas opções. |
Sobre este blog...Arquivo de textos, ideias ou sugestões, sobre tudo e sobre nada, e que poderão ser usados e comentados. Sobre mim?Pode consultar um resumo do meu percurso aqui, ou questionar-me sobre algo em específico através de um dos meus contactos.
Arquivo
Dezembro 2018
Categorias
Todos
|